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Governo Lula afirma que há cidadão brasileiro entre reféns do Hamas

Sem citar nome, presidente diz que ele 'pode ser liberado por esses dias'; único desaparecido, segundo Itamaraty, é Michel Nisenbaum

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Brasília

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (30) que há um brasileiro entre os reféns do grupo terrorista Hamas e que está negociando a sua libertação.

O próprio Lula comentou o caso em entrevista a jornalistas, em Doha, no Qatar, afirmando que ele pode ser "liberado por esses dias". O presidente tratou da questão com o emir qatari, Tamim bin Hamad al-Thani.

"A segunda coisa [que tratei com o emir] é o agradecimento ao Qatar, porque o Qatar teve um papel importante para a liberação dos brasileiros que estavam na Faixa de Gaza. Ainda tem mais brasileiros lá, [estamos trabalhando] na liberação de um refém, sabe, que ainda pode ser liberado por esses dias", afirmou o petista.

O presidente Lula durante encontro com o emir do Qatar, Tamim bin Hamad al-Thani, em Doha - Ricardo Stuckert/Divulgação/PR

A assessoria de imprensa do Planalto posteriormente confirmou que se trata de um cidadão com dupla cidadania, brasileiro-israelense, mas não divulgou mais informações.

O Planalto ainda acrescentou que o presidente brasileiro já havia tratado do assunto por telefone com o emir, retomando a questão durante o encontro desta quinta. Também disse que a libertação também foi tratada com o presidente de Israel, Isaac Herzog.

O Ministério das Relações Exteriores, por sua vez, afirma que há a "possibilidade" de que seja um cidadão brasileiro, mas que ainda trabalham na confirmação dessa informação.

O chanceler Mauro Vieira também pediu ao primeiro-ministro e chanceler do Qatar, Mohammed bin Abdul Rahman Al-Thani, apoio para confirmar as informações e também para a sua liberação.

O grupo terrorista Hamas tomou reféns quando invadiu o território israelense em 7 de outubro. Dias depois, o Ministério da Defesa de Israel informou que havia brasileiros entre as pessoas mantidas pelo grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. O anúncio foi feito por Jonathan Conricus, porta-voz do Exército israelense.

"Temos [entre os reféns] americanos, britânicos, franceses, alemães, italianos, brasileiros, argentinos, ucranianos e diversos outros países", disse ele em vídeo. "Estamos comprometidos a trazê-los de volta."

A informação nunca chegou a ser confirmada oficialmente. O Itamaraty, no entanto, confirmou no fim de outubro que um brasileiro estava desaparecido.

Trata-se de Michel Nisenbaum, 59, que está desaparecido desde o último dia 7, quando terroristas do Hamas romperam barreiras e fizeram o pior ataque contra Israel em 50 anos. "A embaixada do Brasil em Tel Aviv confirmou com as autoridades locais o status de desaparecido do nacional", diz trecho de comunicado divulgado pelo Itamaraty na ocasião.

Não há confirmação de que esse cidadão brasileiro seja o refém mencionado por Lula nesta quinta.

Também nesta quinta-feira (30), a embaixada do Brasil em Israel publicou uma mensagem nas redes sociais no qual afirma que o chefe daquele posto diplomático, Frederico Meyer, encontrou-se com a irmã do "único brasileiro refém em Gaza".

"O embaixador do Brasil em Israel se encontrou esta manhã com irmã do brasileiro desaparecido, sequestrado pelo Hamas, de acordo com o informado pelas autoridades israelenses, na manhã do ataque de 7 de outubro no caminho para trazer sua neta, que dormiria naquela noite com o pai", afirma a publicação.

"O contato com o brasileiro foi perdido às 7h da manhã. E, quando sua filha tentou entrar em contato com ele, às 7h20, a ligação foi atendida em árabe e ouviram-se gritos de 'Hamas'. Os dois irmãos cariocas imigraram para Israel no início da década de 1980 e viveram muitos anos em kibutz nos arredores de Gaza", completa o texto.

A postagem ainda acrescenta que o embaixador afirmou à irmã da vítima que o Brasil está fazendo tudo ao seu alcance para ajudar na libertação do brasileiro e dos demais reféns.

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