Israel e Hamas concordaram nesta quinta-feira (30) em estender o cessar-fogo em sua guerra por pelo menos mais um dia. A decisão foi tomada minutos antes do fim da trégua de seis dias e, em comunicado, o Exército israelense disse que ela persistirá na medida em que mais reféns mantidos em Gaza forem libertados.
O primeiro grupo solto após a nova negociação foi dividido em duas levas: a primeira, composta por duas mulheres, foi encaminhada à Cruz Vermelha por volta das 17h (12h em Brasília), e a segunda, com outras seis pessoas à meia-noite (18h em Brasília).
Como nos dias anteriores, para cada refém libertado, três palestinos detidos em prisões israelenses são soltos —nesta quinta, eles serão 30, uma vez que 2 mulheres de cidadania russa libertadas na quarta foram adicionadas à conta.
O acordo original, iniciado na sexta-feira passada (24), previa quatro dias de trégua. Continuamente renovado desde a sua data de término inicial, segunda-feira (27), ele trouxe o primeiro alívio aos bombardeios da faixa, com grande parte do território costeiro de 2,3 milhões de pessoas tendo sido reduzido a escombros em resposta ao brutal ataque do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro.
"Em vista dos esforços dos mediadores para continuar o processo de libertação dos reféns e sujeito aos termos do acordo, a pausa operacional continuará", disse o comunicado israelense, divulgado minutos antes do fim da trégua temporária.
O Hamas, que libertou 16 reféns em troca de 30 prisioneiros palestinos na quarta-feira (29), disse em comunicado que a trégua continuaria por mais um dia.
O grupo terrorista havia dito anteriormente que Israel se recusou a receber mais sete mulheres e crianças e os corpos de outros três reféns em troca da prorrogação da trégua. Os dois lados haviam dito que estavam prontos para retomar os combates.
Israel prometeu aniquilar o Hamas, que controla Gaza, em resposta ao ataque do grupo em 7 de outubro, quando Tel Aviv diz que os atiradores mataram 1.200 pessoas e fizeram 240 reféns.
Antes da trégua, Israel bombardeou o território por sete semanas e matou mais de 15 mil palestinos, de acordo com as autoridades de saúde na faixa costeira.
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