Justiça de Portugal manda soltar detidos em escândalo de corrupção que derrubou premiê
Operação no último dia 7 havia prendido cinco pessoas, entre elas o chefe de gabinete de António Costa
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Um juiz de Lisboa ordenou nesta segunda-feira (13) que fossem libertadas as cinco pessoas detidas na semana passada em Portugal sob suspeita de corrupção e tráfico de influência, incluindo o ex-chefe de gabinete do primeiro-ministro, António Costa, que renunciou ao cargo no último dia 7.
Os libertados continuam sob investigação do Ministério Público sobre supostas irregularidades do governo em projetos de lítio, hidrogênio verde e na construção de um grande centro de armazenamento de dados na cidade de Sines.
Após a renúncia de Costa, também investiga em relação ao caso, o presidente do país, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu o Parlamento e convocou novas eleições, marcadas para o dia 10 de março.
Na última terça-feira (7), foram presos Vítor Escária, o chefe de gabinete, agora exonerado, do premiê, o prefeito da cidade de Sines, Nuno Mascarenhas, dois diretores da empresa Start Campus, que atua em Sines, Afonso Salema e Rui Neves, além de Diogo Lacerda Machado, descrito pela imprensa lusa como "melhor amigo" de Costa. Os promotores haviam pedido que Escária e Machado continuassem detidos.
O juiz do caso retirou as acusações de corrupção e prevaricação contra os cinco. Machado foi libertado sob fiança de 150 mil euros (R$ 789 mil). Nenhuma fiança foi exigida para a liberação de Escária, que ficou apenas sujeito a entregar o passaporte. Ambos ainda são suspeitos de tráfico de influência.
A defesa de Machado disse que a decisão do tribunal de retirar as acusações mostrou "erros graves" no processo.
O ministro da Infraestrutura, João Galamba, e o presidente do conselho diretor da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, também são suspeitos. Galamba ofereceu sua renúncia nesta segunda. "Apresentei a renúncia apesar de entender que as condições políticas para eu exercer minhas funções não foram esgotadas", disse ele em comunicado, prometendo colaborar com as investigações.
A renúncia de Costa também deixou vago o cargo de secretário-geral do Partido Socialista (PS), e quem vencer a corrida pela liderança do partido concorrerá a primeiro-ministro. O ministro do Interior, José Luís Carneiro, foi o primeiro a anunciar formalmente que está concorrendo, e o ex-ministro da Infraestrutura Pedro Nuno Santos também se juntou à corrida.
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