Siga a folha

Descrição de chapéu guerra israel-hamas

Militares de força de elite dos EUA desaparecem em operação contra houthis

Agentes especializados da Marinha teriam caído no mar ao abordar barco que levava armamentos do Irã para grupo rebelde

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Dois militares dos Seals, a força de elite da Marinha americana, desapareceram após caírem no mar da Somália durante uma operação para apreender armas do Irã que estariam a caminho dos rebeldes houthis, disseram autoridades dos Estados Unidos mencionadas pelo jornal The New York Times.

Os agentes tentavam abordar uma pequena embarcação a vela após informações da inteligência americana. Durante a operação, um militar escorregou da escada de embarque e caiu na água. Outro membro da equipe pulou no mar para tentar resgatar o companheiro, mas os dois foram levados pela correnteza, de acordo com a publicação.

O destróier americano USS Laboon, que os rebeldes houthis tentaram atingir com míssil no domingo (14) - Jeffrey Richardson - 29.abr.2015/Marinha dos EUA/AFP

A operação ocorreu na última quinta-feira (11) e contou com o apoio de helicópteros e drones. Os militares disseram ter apreendido componentes de mísseis balísticos e de cruzeiro fabricados no Irã que seriam enviados ao Iêmen. Os itens incluem sistemas de propulsão e ogivas para mísseis antinavio usados pelos houthis em ataques no mar Vermelho, além de componentes para defesa aérea.

A transferência de armas para o grupo rebelde baseado em território iemenita viola a lei internacional e uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, justificaram os militares. Os houthis, que apoiam o Hamas no conflito contra Israel, dominam parte do Iêmen numa guerra civil que se arrasta desde 2014.

Foi a primeira apreensão realizada pelas forças americanas de armas fornecidas pelo Irã aos houthis desde que o grupo rebelde iniciou os ataques na região, em 19 de novembro, segundo o New York Times. Durante a operação, o mar estava agitado e a embarcação balançava fortemente.

O governo americano descreve o desaparecimento dos militares como um acidente. Navios e aeronaves eram usados em operações de buscas nesta quarta. Segundo autoridades, os militares de elite são treinados para sobreviver à deriva no mar por longos períodos.

Forças dos EUA e do Reino Unido fizeram nos últimos dias uma série de ataques contra alvos houthis no Iêmen, aumentando os temores de que o conflito entre Israel e Hamas se espalhe pelo Oriente Médio. O grupo rebelde prometeu vingança e declarou guerra aos navios dos EUA no mar Vermelho.

Os rebeldes aliados ao Irã e ao Hamas atacaram com mísseis na segunda (15) um cargueiro americano perto de Áden, no sul iemenita. Um deles atingiu a embarcação, mas não houve vítimas, e os danos não impediram que a embarcação seguisse viagem. No dia seguinte, terça (16), os houthis tiveram como alvo um navio grego de bandeira maltesa que rumava a Israel, em ação que tampouco provocou vítimas ou danos significativos.

As ações mostraram que os houthis permanecem na ofensiva após Washington e Londres terem lançado ataques contra suas posições e depois da criação de uma força-tarefa, coordenada pelos americanos, para proteger rotas comerciais.

Cerca de 15% do comércio marítimo do mundo passa pela região. No canal de Suez, que liga o mar Vermelho ao Mediterrâneo, o trânsito caiu 90% desde o início dos ataques. Diversas empresas desviaram seus navios ligando o Oriente Médio à Europa por rotas alternativas em torno da África, o que aumenta custos de frete e tempos de viagem.

Historicamente especializados em missões de reconhecimento no mar, os Seals constituem, junto de seus colegas da Força Delta (grupo especial antiterrorismo) e dos Boinas Verdes (Exército), a ponta de lança da rede de serviços de inteligência e defesa dos EUA.

Dedicados a missões de alto risco, os Seals foram responsáveis pela operação que matou o líder terrorista Osama bin Laden em 2011. A sigla do grupo representa os ambientes em que operam (sea, air, land –ou mar, ar e terra).

Com The New York Times

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas