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Ilha da tartaruga em Taiwan é desfigurada por terremoto; veja vídeo

Parte da 'cabeça' das montanhas que formam a imagem do animal, na costa nordeste, desabou no mar

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Pequim

A ilha de Guishan, que fica no nordeste de Taiwan e cujas montanhas lembram o formato de uma tartaruga, sendo conhecida por esse nome, teve um pedaço da "cabeça" da tartaruga destruído pelo terremoto, às 7h58, horário local.

Imagens dela sob uma nuvem de poeira começaram a circular nas redes sociais logo após o primeiro tremor e foram posteriormente confirmadas pelo departamento taiwanês de turismo, citando o apoio de pescadores para a checagem.

A destruição é descrita como pequena, apesar da desfiguração. Segundo o escritório local do departamento, a "cabeça" não é uma área de turistas, toda a ilha de Guishan estava fechada para visitantes no dia e sua costa não é itinerário para embarcações de observação de baleias. Ou seja, o risco de haver vítimas seria baixo.

Outro departamento, de gerenciamento atmosférico, afirmou ter concluído uma inspeção em toda a ilha perto de uma hora após o terremoto.

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O maior terremoto a atingir o país em 25 anos deixou pelo menos nove mortos e 1.011 feridos na manhã desta quarta-feira (3), segundo autoridades locais. Há ainda 50 pessoas desaparecidas sob os escombros deixados pelo tremor, que tombou prédios e causou enormes deslizamentos de terra na ilha.

O sismo começou pouco antes das 8h locais (21h de terça no Brasil) e teve magnitude acima dos 7 —segundo o Centro Geológico dos Estados Unidos, o tremor alcançou 7,4; a Agência Meteorológica de Taiwan calculou 7,2, e a Agência Meteorológica do Japão divulgou o número de 7,5.

A ilha de Guishan, em Taiwan, antes e depois do terremoto que a desconfigurou - TPG/ Adobe Stock e reprodução/redes sociais

O local mais próximo do epicentro e mais afetado pelo sismo de agora foi a cidade de Hualien, cerca de 120 km em linha reta a sudeste de Taipé, a capital taiwanesa. Todas as mortes registradas até agora ocorreram lá. Segundo a agência de notícias Reuters, Taipé teve falta de energia em algumas localidades e fechou seu sistema de metrô temporariamente.

O evento geológico levou tensão à região após um alerta de tsunami na costa leste da Ásia, suspenso horas depois. No Japão, a agência meteorológica transformou o alerta em aviso depois de ondas menos altas do que o previsto atingirem a província de Okinawa, no sul.

Cenas de construções balançando se repetiram em vídeos compartilhados nas redes sociais. Veículos da imprensa local também transmitiram imagens de prédios tombados.

Informações do Gdacs (sigla em inglês para Sistema Global de Alerta e Coordenação em Situações de Desastre), órgão ligado à Comissão Europeia e à ONU, apontam que o primeiro dos dois principais tremores ocorreu a uma profundidade de 11,4 km, considerada rasa. Geralmente, quanto mais próximos da superfície, mais intensos são os tremores.

A região que compreende Japão, China e Taiwan é frequentemente chamada de Círculo de Fogo do Pacífico, uma área conhecida por sua alta atividade sísmica. Essa zona é caracterizada pela movimentação constante das placas tectônicas, atividade que resulta na formação de cadeias de montanhas e vulcões ativos e, consequentemente, em alta incidência de terremotos.

O Japão, em particular, está localizado na junção de quatro placas tectônicas, tornando o país especialmente vulnerável. Além disso, as áreas costeiras do Leste Asiático também enfrentam o risco de tsunamis desencadeados por terremotos submarinos.

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