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Militares israelenses recuperam corpos de seis reféns mantidos em Gaza

Organização que representa famílias de vítimas faz apelo por acordo para a libertação de 109 pessoas

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São Paulo

Israel recuperou os corpos de seis reféns da área de Khan Yunis, no sul Faixa de Gaza, de acordo com declarações do Exército e do gabinete do primeiro-ministro nesta terça-feira (20).

As famílias de Yagev Buchshtab, Alexander Dancyg, Avraham Munder, Yoram Metzger, Nadav Popplewell e Chaim Perry foram informadas, acrescentaram as declarações.

Homem passa por um muro com cartazes de reféns, a maioria sequestrada durante os ataques de 7 de outubro pelo Hamas, em Tel Aviv - Reuters

O Fórum das Famílias dos Reféns, uma organização que representa a maioria das famílias das vítimas, reforçou o apelo ao governo para concluir um acordo de libertação de reféns com o grupo militante palestino Hamas, baseado em Gaza.

"O retorno imediato dos 109 reféns restantes só pode ser alcançado através de um acordo negociado. O governo israelense, com a assistência de mediadores, deve fazer tudo ao seu alcance para finalizar o acordo atualmente em negociação", afirmou.

O kibutz lamentou a morte de Avrahm Munder, que morreu em Gaza, onde residia, atacado por comandos do Hamas em 7 de outubro de 2023, segundo comunicado. "O kibutz Nir Oz anuncia com grande tristeza a morte de Avraham Munder, aos 79 anos, em cativeiro após meses de tortura física e mental."

Munder foi sequestrado com sua esposa, filha e neto, mas os demais membros de sua família foram libertados durante uma trégua de uma semana em novembro na guerra na Faixa de Gaza. Seu filho morreu no dia do ataque do Hamas.

Enquanto isso, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, está no Oriente Médio esta semana tentando garantir um cessar-fogo e um acordo de retorno dos reféns entre Israel e Hamas.

Blinken desembarcou nesta terça-feira no Egito, onde prosseguirá os esforços para promover uma trégua entre Israel e o Hamas em Gaza.

Durante reunião com o secretário americano, o presidente egípcio, Abdel Fattah al Sisi, apelou a um "cessar-fogo em Gaza" e alertou para "uma expansão regional do conflito com consequências difíceis de imaginar".

"Chegou a hora de acabar com a guerra, recorrer à sabedoria e defender a linguagem da paz e da diplomacia", declarou Sisi num comunicado após o seu encontro com o chefe da diplomacia norte-americana. Todas as partes devem ter cuidado com o "perigo de o conflito se expandir regionalmente", acrescentou Sisi.

O Hamas rejeitou na terça as declarações do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de que o grupo palestino "está se afastando" das negociações por um cessar-fogo em Gaza e as chamou de "luz verde" para continuar a guerra.

Essas "declarações enganosas", disse o Hamas, "não refletem a verdadeira posição do movimento, que deseja alcançar um acordo de cessar-fogo", declarou a facção palestina em um comunicado.

Um dia antes, em Israel, ele disse que o mais recente esforço diplomático de Washington para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza talvez seja a última oportunidade de trégua na guerra que se estende há mais de dez meses.

Como em outras ocasiões durante o conflito, o chefe da diplomacia americana foi recebido pelo primeiro-ministro Binyamin Netanyahu e pelo presidente Isaac Herzog.

Desta vez, disse Blinken, as reuniões foram "muito construtivas" e mostraram que o governo de Israel está disposto a aceitar a proposta de trégua apresentada por Washington. "Agora cabe ao Hamas fazer o mesmo."

Apesar do tom otimista, tanto Israel quanto o Hamas sinalizaram que qualquer acordo será difícil de ser implementado, ao menos por ora. Na véspera, representantes da facção acusaram Netanyahu de "frustrar os esforços dos mediadores" e disseram que as autoridades americanas estavam "pintando um quadro excessivamente positivo".

A atual guerra em Gaza começou em 7 de outubro de 2023, quando homens armados do Hamas invadiram comunidades israelenses, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando cerca de 250 reféns, de acordo com contagens israelenses.

Pelo menos 34 pessoas morreram nas últimas 24 horas, disse o ministério.

O contra-ataque israelense em Gaza já deixou 40.173 mortos e 92.857 feridos no território palestiniano desde o início da guerra, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governado pelo Hamas.

Desde então, o Exército israelense devastou grandes áreas do territ[orio palestino, deslocando quase todos os seus 2,3 milhões de habitantes, causando fome e doenças mortais.

Com Reuters e AFP

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