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Órgão eleitoral da Venezuela diz ter entregado atas a Supremo chavista

Documentos, que ainda não foram tornados públicos, supostamente atestariam vitória de Nicolás Maduro

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Caracas | AFP

O chefe do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela, Elvis Amoroso, disse nesta segunda-feira (5) que entregou à corte suprema do país as atas das eleições presidenciais do último dia 28, quando o ditador Nicolás Maduro foi declarado vencedor. Tanto o CNE quanto o TSJ (Tribunal Supremo de Justiça) são controlados pelo regime de Maduro.

Amoroso pediu ao Supremo que certificasse o processo eleitoral após contestações e acusações de fraude por parte da oposição. "Entrega-se tudo o que foi solicitado pelo máximo tribunal da República", disse o líder chavista durante a audiência com o TSJ, sem dar mais detalhes.

O presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Elvis Amoroso, participa de entrevista coletiva em Caracas - Yuri Cortez - 2.ago.24/AFP

Essas atas eleitorais, que ainda não foram tornadas públicas mais de uma semana depois do pleito, estão no centro das discussões sobre a legitimidade do processo eleitoral venezuelano. Grande parte da comunidade internacional não reconhece a vitória de Maduro e pede a divulgação desses documentos para que o resultado de 52% dos votos para o ditador e 43% para a oposição seja atestado.

O regime afirma que a demora se deveu a um ataque hacker sofrido pelo CNE na noite das eleições, uma possibilidade considerada remota por especialistas. Maduro chegou a dizer que o bilionário Elon Musk estaria por trás da ação. O ditador já havia pedido ao Supremo que certificasse a eleição.

A aliança antichavista liderada pelo ex-candidato Edmundo González e pela líder María Corina Machado, por sua vez, divulgou o que diz ser atas eleitorais às quais teve acesso e, com mais de 80% delas em mãos, declarou vitória e proclamou González presidente eleito em uma carta divulgada nesta segunda.

Em resposta, o Ministério Público do regime abriu uma investigação contra González e María Corina. O comunicado assinado pelo chavista Tarek Saab afirma que as falas contidas na carta flertam com crimes de difusão de informação falsa para causar conflitos; associação para delinquência e conspiração; instigação a insurreição e usurpação de funções (no caso, da Presidência).

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