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Descrição de chapéu Coreia do Norte

Putin oferece ajuda humanitária a Kim após inundações na Coreia do Norte

Chuvas intensas inundaram mais de 4.000 casas no norte do país, diz Pyongyang; ditador agradece e dispensa apoio

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Moscou | Reuters e AFP

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ofereceu ajuda humanitária à Coreia do Norte após fortes chuvas causarem inundações no país aliado de Moscou, informou a agência de notícias estatal de Pyongyang, KCNA, neste domingo (4).

"Peço que transmita palavras de simpatia e apoio a todos aqueles que perderam seus entes queridos como resultado da tempestade", disse Putin em um telegrama ao ditador norte-coreano, Kim Jong-un. "Sempre podem contar com nossa ajuda e apoio."

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, (à esq.) e o primeiro-ministro, Kim Tok-hun, (à dir.) aparecem, em foto divulgada no dia 31 de julho de 2024, visitando uma área do país afetada por enchentes perto da fronteira com a China - via Reuters

Nesta semana, a Coreia do Norte afirmou que chuvas recordes no final de julho inundaram mais de 4.000 casas e isolaram cerca de 5.000 pessoas em Sinuiju e Uiju, na parte noroeste do país, perto da China. Kim inspecionou pessoalmente as áreas afetadas a bordo de um bote e supervisionou os esforços de resgate.

A região foi afetada por fortes chuvas da tempestade tropical Gaemi nos últimos dias, que causaram um deslizamento de terra e mataram ao menos 15 pessoas no sul da China. Na última quinta-feira (1º), a TV Chosun, da Coreia do Sul, afirmou que entre 1.100 e 1.500 pessoas estão mortas ou desaparecidas no Norte. No mesmo dia, os meios de comunicação estatais de Pyongyang disseram que o país tentava evitar a inundação do rio Taedong, que passa pela capital.

Kim agradeceu a oferta, mas disse que, como seu regime já tomou medidas para recuperar as áreas, pediria ajuda se fosse necessário. "Posso sentir profundamente a emoção especial de um amigo genuíno", afirmou o ditador, de acordo com a agência oficial norte-coreana KCNA.

Os dois países são aliados desde a fundação da Coreia do Norte, após a Segunda Guerra Mundial, e se aproximaram ainda mais desde a invasão russa na Ucrânia em 2022. No final de junho, Putin se encontrou com Kim em uma visita à capital norte-coreana durante a qual ambos países assinaram um acordo de defesa mútua.

A reação de Pyongyang à proposta da Rússia foi diferente da dispensada à vizinha Coreia do Sul, que também ofereceu ajuda ao regime.

Na última quinta-feira (1º), a Cruz Vermelha da Coreia do Sul disse estar pronta para fornecer suprimentos de ajuda ao Norte, em um raro gesto de aproximação de Seul sob a administração do presidente Yoon Suk-yeol, que adota uma postura linha-dura em relação ao vizinho.

A declaração foi emitida pelo Ministério da Unificação do Sul, que lida com assuntos intercoreanos. No passado, a Cruz Vermelha liderou a realização de projetos entre as Coreias, incluindo reuniões de famílias separadas pela fronteira.

A KCNA não mencionou a proposta do vizinho e divulgou uma declaração do ministério das Relações Exteriores do Norte criticando os recentes exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos.

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