Descrição de chapéu Olimpíadas 2024

Djokovic supera Alcaraz e completa prateleira de troféus com ouro olímpico em Paris

Aos 37 anos, sérvio se torna o mais velho campeão olímpico na chave de simples do tênis

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Um jogador de tênis, vestido com uma camisa vermelha, está em uma quadra de tênis, com as mãos levantadas em celebração. Ao fundo, há um grupo de espectadores, alguns com expressões de entusiasmo. A rede de tênis está visível em primeiro plano.

Sérvio Novak Djokovic chora ao conquistar o ouro nas Olimpíadas de Paris - Carl de Souza / AFP

São Paulo

Em um duelo de gerações marcado pelo equilíbrio, o sérvio Novak Djokovic, número 2 do mundo de 37 anos e maior vencedor de Grand Slams da história do esporte, completou a prateleira de troféus com a conquista neste domingo (4) do ouro olímpico, batendo na grande final o jovem espanhol Carlos Alcaraz, número 3 do ranking de 21 anos.

A vitória foi por 2 sets a 0, ambos definidos no tie-break —7/6 (7/3) e 7/6 (7/2)—, em uma partida que durou 2h50, mais longa que uma maratona.

Djokovic, que passou por uma cirurgia no joelho direito em junho, tornou-se o mais velho campeão do tênis nas Olimpíadas. O recorde pertencia ao britânico Andy Murray, campeão na Rio-2016 com 29 anos. Se Alcaraz tivesse vencido, seria o mais novo campeão olímpico, recorde que pertence ao norte-americano Vincent Richards, que levou o ouro em Paris-1924, com 21 anos.

Dois dos principais nomes do circuito internacional na atualidade —os Jogos não contam pontos para o ranking mundial—, Djokovic e Alcaraz fizeram um jogo bastante disputado, com grandes jogadas de ambos os lados, para deleite do público ilustre que lotou a quadra Philippe-Chatrier, em Roland Garros —Serena Williams, Pau Gasol, Sharon Stone, Nasser Al-Khelaïfi (dono do PSG) e Thomas Bach (presidente do COI) eram alguns dos nomes que acompanharam a partida.

Dois jogadores de tênis posam juntos em um torneio. O jogador à esquerda veste uma camisa vermelha com detalhes azuis e o emblema da Sérvia, enquanto o jogador à direita usa uma camisa vermelha com uma bandeira da Espanha. Ambos seguram raquetes e estão sorrindo, com um fundo de arquibancadas e espectadores.
Novak Djokovic e Carlos Alcaraz na final de Paris-2024 - Carl de Souza/AFP

A vitória de Djokovic representou o desempate no retrospecto de confrontos entre os dois. Eles já haviam se enfrentado seis vezes até aqui, com três vitórias para cada.

Djokovic venceu nas semifinais de Roland Garros e do ATP Finals e na decisão do Masters 1000 de Cincinnati, em 2023. Já Alcaraz venceu na semifinal do Masters 1000 de Madri, em 2022, e na final de Wimbledon em 2023 e 2024.

Os dois chegaram à final sem perder sets. Djokovic venceu o australiano Matthew Ebden (6/0, 6/1), o espanhol (e rival) Rafael Nadal (6/1, 6/4), o alemão Dominik Koepfer (7/5, 6/3), o grego Stefanos Tsitsipas (6/3, 7/6) e o italiano Lorenzo Musetti (6/4, 6/2).

Já Alcaraz passou pelo libanês Hady Habib (6/3, 6/1), o holandês Tallon Griekspoor (6/1, 7/6), o russo Roman Safiullin (6/4, 6/2), o norte-americano Tommy Paul (6/3, 7/6) e o canandense Felix Auger-Aliassime (6/1, 6/1).

No primeiro set, Djokovic chegou a ter a chance de quebrar o serviço de Alcaraz algumas vezes no segundo, no quarto e no 12ª game, mas viu o espanhol reagir com força para confirmar seu serviço. No nono game, que durou mais de 14 minutos, foi a vez de o sérvio ter de salvar cinco break-points até conseguir confirmar o serviço.

Um jogador de tênis, vestido com uma camiseta vermelha e shorts brancos, está se curvando sobre sua raquete no chão, demonstrando uma forte emoção. Ao fundo, uma multidão de espectadores observa, alguns aplaudindo. O cenário é um campo de tênis de terra batida, sob um céu claro.
Logo após o ponto final, o sérvio chorou muito na quadra de Roland Garros - Carl de Souza/AFP

A decisão da primeira parcial foi para o tie-break, em que o equilíbrio se manteve, com Djokovic se valendo de uma devolução certeira para abrir a vantagem e fechar o primeiro set, que durou 1h33.

No início do segundo set a toada se manteve, sem que nenhum dos dois conseguisse abrir qualquer vantagem, confirmando os respectivos saques e levando a partida novamente para o tie-break. No desempate, Djokovic conseguiu ser mais consistente, conseguiu dois ‘mini-breaks’ e, com golpes firmes, fechou o tie-break em 7 a 2.

Após a vitória, o sérvio ficou bastante emocionado e chorou na quadra, enquanto era celebrado pela torcida em Paris. "Foi uma batalha incrível. Estou em choque", disse o sérvio após a partida.

A medalha de ouro olímpica era o único título que ainda faltava na extensa prateleira do multicampeão.

Dono de 24 troféus de Grand Slam, Djokovic tinha como melhor resultado até aqui nos Jogos um bronze em Pequim-2008, quando fez sua estreia olímpica e acabou derrotado nas semifinais por Rafael Nadal. Na disputa pelo terceiro lugar, venceu o norte-americano James Blake.

Em Londres-2012, caiu na semifinal para o britânico Andy Murray e perdeu a disputa do bronze para o argentino Juan Martin del Potro. Na Rio-2016, caiu ainda na primeira fase novamente diante de del Potro. Em Tóquio-2020, perdeu nas semifinais para o alemão Alexander Zverev, e o bronze para o espanhol Pablo Carreno Busta.

Campeão de tudo

O sérvio agora se iguala a André Agassi, Rafael Nadal, Serena Williams e Steffi Graf, que também venceram os quatro títulos de Grand Slam e o ouro olímpico.

Alcaraz, por sua vez, fez sua primeira participação em Olimpíadas na capital francesa.

Tenista mais novo a alcançar o posto de número 1 do ranking, em setembro de 2022, aos 19 anos, o espanhol dono de quatro títulos de Grand Slam —sendo o atual campeão de Roland Garros e Wimbledon—, se tornou o mais jovem finalista olímpico do tênis desde Seul-1988, quando o suíço Marc Rosset foi prata aos 21 anos e 275 dias. O espanhol, que tem 21 anos e 91 dias, é o finalista de simples mais jovem desde o norte-americano Robert Leroy, prata em St. Louis-1904, aos 19 anos.

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