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Descrição de chapéu Bolívia

Ao menos 26 ficam feridos em marcha liderada por Evo contra presidente na Bolívia

Manifestantes acusam Luis Arce de impedir candidatura do ex-líder e criticam crise econômica; governo diz que evistas tentam golpe de Estado

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Caracollo (Bolívia) | AFP

O ex-presidente Evo Morales e seus apoiadores iniciaram na terça-feira (17) uma marcha contra seu ex-aliado, o presidente Luis Arce, ao longo de um percurso de 190 quilômetros rumo a La Paz, capital da Bolívia, o que provocou confrontos entre seguidores dos dois políticos, deixando 26 feridos.

De acordo com a AFP, a caminhada contou com mais de 5.000 pessoas. Os manifestantes acusam Arce de usar os Poderes Judiciário e Eleitoral para impedir a candidatura de Evo às eleições previstas para agosto de 2025. Ele também é criticado pela crise econômica que se manifesta na escassez de dólares e combustível.

Arce acusou Evo, seu antigo padrinho político, de apoiar um bloqueio indígena de estradas como parte de uma "tentativa de golpe de Estado". Na segunda-feira (16), houve cinco interdições nas rodovias que ligam La Paz ao lago Titicaca, compartilhado por Bolívia e Peru. No fim de junho, o presidente sofreu uma tentativa de golpe militar, de circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas. Arce tem apontado Evo como instigador de setores da sociedade boliviana para causar instabilidade ao governo.

"Infelizmente, o presidente [Arce] e o vice [David Choquehuanca] nos abandonaram, nos traíram, junto com a má gestão e a corrupção", disse Evo em discurso no início da caminhada.

Ex-presidente boliviano Evo Morales faz saudação no início de marcha política, no município de Caracollo, e que segue até a capital, La Paz - Xinhua

O ex-presidente e seus seguidores caminharam até a pequena cidade de Vila Vila, onde eram esperados por quase 1.000 seguidores de Arce que tentariam impedir o avanço da manifestação, mas os apoiadores do ex-presidente —superiores em número— conseguiram avançar e provocaram a fuga dos rivais.

A ministra da Saúde, María René Castro, afirmou que 26 pessoas ficaram feridas no confronto.

O ato evista começou na localidade de Caracollo, no departamento (estado) de Oruro, e deverá chegar a La Paz na próxima segunda-feira (23).

Com Evo à frente, os manifestantes carregavam bandeiras bolivianas e wiphalas, o símbolo xadrez e multicolorido dos povos indígenas, além de bandeiras do Movimento ao Socialismo (MAS), partido do ex-presidente, em azul, preto e branco.

Durante a marcha, eles cantavam refrões como "Urgente, Evo presidente", "Lucho [Luis Arce], o povo está indignado".

Evo, que governou de 2006 a 2019, acusa Arce de bloquear a sua candidatura do ano que vem —o presidente ainda não confirmou se concorrerá à reeleição.

O governo afirma que Evo está inabilitado, uma vez que a Constituição não permite a reeleição além de dois mandatos presidenciais consecutivos, embora o ex-presidente relute em aceitar esse veto.

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