Estímulo à vacina
Em outros países, governos e empresas acertam ao fixar exigências de imunização
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Como é consenso entre autoridades sanitárias e já se observa em países que avançaram na imunização de suas populações, a vacina é o mais valioso trunfo para combater a pandemia de Covid-19.
Ainda há, todavia, obstáculos a superar, como a oferta insuficiente de doses na maioria das regiões e o surgimento de mutações do vírus que ameaçam os esforços para deter a doença. É o caso atual da disseminação da variante delta.
Lamentavelmente, essa nova manifestação do Sars-CoV-2 tem encontrado aliados entre pessoas que se recusam a tomar os imunizantes em nome de convicções pessoais e de um alegado direito à liberdade individual que se traduz, na prática, em risco à saúde coletiva.
O fenômeno, que não é novo, revela-se preocupante em países que dispõem de imunizantes e já caminham para a plena suspensão de restrições sociais e econômicas.
Diante do impasse, governos nacionais e regionais têm buscado formas de estimular a vacinação. A cidade de Nova York, por exemplo, anunciou que a entrada em bares, restaurantes, academias e outros estabelecimentos passa a ser condicionada à prova de imunização.
Não é um caso isolado. Outros países, com variações, seguem na mesma trilha. A França já havia tomado a providência de maior amplitude, acrescentando a exigência para o uso de transporte público e de locais abertos, como parques de diversão e festivais de música.
Os resultados foram animadores: antes mesmo da aprovação da norma pelo Parlamento, 1,7 milhão de franceses (ou 2,5% da população) decidiu, em menos de 24 horas, agendar a vacinação.
Nos EUA, também o governo federal passou a exigir imunização de seus funcionários, e empresas privadas, como Google, Facebook, Disney e Walmart, além de algumas universidades, adotaram o mesmo procedimento.
No Brasil, felizmente, é ampla a adesão ao uso do imunizante, em que pese a insistência negacionista do presidente Jair Bolsonaro.
Pesquisa Datafolha de julho mostrou que 94% dos brasileiros pretendem se vacinar —em contraste com o que se verifica nos EUA, onde levantamento do Pew Research Center de fevereiro mostrava que 30% dos americanos não tinham intenção de tomar a vacina.
Tal disposição indica que por aqui não será tão relevante o debate em torno da obrigatoriedade, mesmo que uma minoria obscurantista ainda tente politizar o tema.
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