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Lula e Bolsonaro omitem ideias em debate, no qual mulheres ganharam destaque

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Debate dos candidatos à Presidência, organizado por Folha, UOL e TVs Bandeirantes e Cultura - Marlene Bergamo/Folhapress

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Depois de muita hesitação e algum suspense, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afinal participaram do debate entre os presidenciáveis no domingo (28) à noite. Melhor assim.

A ausência dos dois líderes de intenção de voto segundo as pesquisas do Datafolha representaria um gesto descortês para com os demais candidatos e, sobretudo, um sinal de desprezo pelo eleitor.

Debates integram o processo democrático tanto quanto outros momentos da campanha. Mas com uma diferença: por mais restritivas que sejam as regras negociadas pelos marqueteiros, permitem que os cidadãos analisem os postulantes sob o crivo do contraditório.

Uma coisa é conhecer os candidatos através do filtro enobrecedor da propaganda eleitoral ou acompanhá-los no ambiente controlado dos comícios; outra, bem diferente, é vê-los esgrimir suas teses em meio às antíteses soerguidas pelos adversários políticos.

Daí decorre o elevado interesse suscitado pelo evento de quase três horas organizado pela Folha, pelo UOL, pela TV Bandeirantes e pela TV Cultura. Mas daí também decorre certa frustração provocada pelos dois principais candidatos.

Lula e Bolsonaro revelaram-se menos interessados em esclarecer seus verdadeiros planos de governo do que em adotar uma conduta definida de acordo com as estratégias da campanha eleitoral.

No caso do presidente, isso se traduziu na tentativa de elevar a rejeição do petista, explorando os escândalos de corrupção do passado, ao mesmo tempo em que buscava reduzir a própria reprovação, particularmente entre as mulheres.

No caso do ex-presidente, a opção foi dourar a pílula de seus mandatos, lembrando-se de citar Dilma Rousseff (PT) apenas quando fosse conveniente e arriscando-se a criar expectativas irrealistas diante da nova conjuntura global.

Ambos seguiram um roteiro previsível e pouco esclarecedor, exceto por dois momentos: um, a dificuldade de Lula ao responder perguntas sobre mensalão e petrolão; outro, a deplorável misoginia de Bolsonaro, que atacou a jornalista Vera Magalhães ao ser questionado sobre a vacinação no país.

A hostilidade do mandatário a mulheres ganhou relevo na discussão, o que foi bem aproveitado pelas candidatas Simone Tebet (MDB), principalmente, e Soraya Thronicke (União Brasil).

Lula e Bolsonaro são muito conhecidos; não precisam se apresentar a ninguém, porém não estão isentos de listar ideias. A julgar pelo debate, o eleitorado só pode supor que eles as tenham e que sabem como implementá-las.

editoriais@grupofolha.com.br

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