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O que a Folha pensa Governo Lula

Sem entusiasmar, Nunes segue em 1º com Boulos

Com avaliação modesta, prefeito leva vantagem no 2º turno, segundo o Datafolha, o que o tornou alvo em debate televisivo

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Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, e Guilherme Boulos (PSOL), deputado federal - Marcelo Pereira/Secom e Danilo Verpa/Folhapressa

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Às vésperas do início oficial da campanha por um novo mandato, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), não chega a entusiasmar o eleitorado da cidade.

Entre os paulistanos aptos a votar, sua gestão é considerada ótima ou boa por 26%, ruim ou péssima por 22% e regular por 47%, segundo a nova pesquisa do Datafolha. Ao longo deste ano, os percentuais têm variado na margem de erro de três pontos percentuais.

Em uma questão introduzida pelo novo levantamento, 61% dos que pretendem votar em Nunes declaram que o farão por não ver opção melhor, ante 37% que o apontam como o candidato ideal. Trata-se da diferença mais desfavorável entre os principais postulantes.

Ainda assim, o prefeito se mantém na liderança da corrida, com 23% no cenário que contempla todos os nomes da disputa, tecnicamente empatado com Guilherme Boulos (PSOL), que marca 22%.

Essa dupla encabeça as sondagens desde o ano passado, o que não mudou com as candidaturas do apresentador José Luiz Datena (PSDB), há pouco definida, e do neófito bolsonarista Pablo Marçal (PRTB), ambos com 14%.

Na simulação de segundo turno, ademais, Nunes aparece com relevante vantagem de 13 pontos percentuais, 49% a 36%, sobre Boulos —numericamente superior à de 10 pontos apurada em julho (48% a 38%). Não por acaso, foi o alvo preferencial dos participantes do debate de quinta (8) na Band.

Além dos trunfos potenciais de um incumbente, em especial o comando da máquina pública, o prefeito pode se valer no momento de fragilidades de seus rivais.

O psolista amarga a maior rejeição entre os concorrentes: 35% dos paulistanos afirmam que não votariam nele em nenhuma hipótese. Datena e Marçal não ficam muito atrás, com 31% e 30% respectivamente, enquanto Nunes tem 24%.

Tudo isso pode mudar, obviamente. É cedo para saber, por exemplo, que peso terão na reta final da eleição os patrocinadores nacionais dos principais candidatos —Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no caso de Boulos, e Jair Bolsonaro (PL), no do emedebista, também apoiado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O prefeito lidará com o risco de perder eleitores do centro à direita para Marçal e Datena, enquanto seu maior adversário pode buscar o voto útil da parcela mais à esquerda dos 7% que hoje preferem Tabata Amaral (PSB).

Deve-se torcer, de todo modo, por uma campanha centrada nos desafios da maior metrópole do país, no desempenho da prefeitura e nas propostas dos candidatos —em vez da reprodução de uma disputa ideológica que pouco diz respeito ao cotidiano municipal.

editoriais@grupofolha.com.br

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