Descrição de chapéu acidente aéreo

Voepass diz que ainda não sabe o que causou queda de avião em Vinhedo

Aeronave do modelo ATR 72-500 saiu de Cascavel, no Paraná, e seguia para Guarulhos; acidente deixou 61 mortos

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Ribeirão Preto

A Voepass, dona da aeronave ATR 72-500 que caiu em Vinhedo durante viagem de Cascavel (PR) a Guarulhos (Grande São Paulo), deixando 61 mortos, diz que ainda não tem informações sobre a causa do acidente. O CEO da companhia aérea, Eduardo Busch, afirma ainda que tudo o que tem circulado nas redes sociais é especulação.

O diretor de operações da Voepass, Marcel Moura, acrescenta que até o momento nenhuma hipótese foi descartada, inclusive a de que as hélices do bimotor teriam congelado. "Essa aeronave voa numa faixa onde há uma sensibilidade maior à formação de gelo. A gente avaliou isso. Era previsto gelo, diante da frente fria que se aproxima, mas dentro do aceitável para o voo", diz.

foto aérea mostra casas e, na parte do meio para cima da imagem, destroços de aeronave e coluna de fumaça. há árvores ao redor
Avião da Voepass com destino a Guarulhos caiu em Vinhedo, e todos as 61 pessoas a bordo morreram - X/Reprodução

O CEO da Voepass diz que a aeronave passou por uma manutenção de rotina na noite de quinta-feira (8), como é praxe, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, antes de alçar voo para Guarulhos. Da capital paulista, o avião seguiu para Cascavel, sem intercorrências, ainda segundo o CEO.

Ao ser questionado sobre um vídeo em que passageiros reclamam de calor na aeronave, o diretor de operações diz que não está ciente do caso e que vai apurar. Ele afirma, no entanto, que este modelo de tem a característica de ser um avião mais quente, sobretudo no solo, quando é abastecido.

Busch diz que a tripulação "era experiente, competente e apta para o trabalho". O comandante, Danilo Santos Romano, tinha 5.200 horas de voo no currículo, inclusive em outras companhias aéreas. O copiloto, Humberto de Campos Alenquer e Silva, tinha 5.100 horas e estava há cinco anos na empresa. Rubia Silva de Lima, uma das comissárias, estava desde 2010 na Voepass, e a outra, Débora Soper Avila, havia sido contratada no ano passado.

A direção da Voepass diz ainda que está prestando apoio às famílias das vítimas e contribuindo com as autoridades responsáveis pela investigação, como a Cenipa. Os porta-vozes, no entanto, não souberam dizer o prazo para receber as informações vindas da caixa-preta da aeronave.

Eles reconheceram que houve pilotos que não se sentiram confortáveis em seguir suas escalas e voar após o acidente. Um desses casos aconteceu no início da tarde, em Ribeirão Preto, cidade do interior paulista que é sede da Voepass.

A direção da companhia diz que acolhe a decisão dos profissionais, que são substituídos sem prejuízo à operação. A empresa não soube, no entanto, quantificar a quantidade de voos afetados pelo acidente.

O acidente matou os 57 passageiros e os quatro tripulantes que estavam a bordo. A aeronave caiu na área de uma casa no condomínio Recanto Florido, no bairro Capela, em Vinhedo. Imagens feitas por moradores mostram o avião em queda livre e, na sequência, uma explosão seguida de muita fumaça.

O voo 2283, que fazia o trajeto de Cascavel (PR) a Guarulhos (Grande São Paulo), decolou às 11h50 e tinha previsão de chegada às 13h40.

A aeronave perdeu 3.300 metros de altitude em menos de um minuto a partir das 13h21, segundo o site Flight Aware, que monitora voos em tempo real ao redor do mundo. Registros do site mostram que o bimotor começou a perder altitude às 13h20, quando estava a cerca de 5.100 metros. Cerca de um minuto depois, atingiu 1.798 metros, no último registro disponível.

Segundo a FAB, a Força Aérea Brasileira, o avião deixou de responder às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo às 13h21. O piloto não teria declarado emergência ou reportado estar sob condições meteorológicas adversas.

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