A expectativa em torno da indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal é crescente, no momento em que o petista começa a dar sinalizações sobre o que planeja fazer com a vaga que vai ser aberta com a saída do ministro Ricardo Lewandowski —ele fará 75 anos em maio e terá que que se aposentar.

Na semana passada, um grupo de juristas enviou um manifesto à Presidência da República pedindo a indicação de uma mulher negra à corte. A ideia ganhou adesão na Esplanada, com manifestações públicas de Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, e de Silvio Almeida, dos Direitos Humanos. O ministro do STF Edson Fachin também se manifestou a favor dessa escolha.

Mas Lula tem indicado outro caminho. Em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo na rádio BandNews FM, o presidente mencionou a possível escolha do advogado Cristiano Zanin, que o defendeu nos processos da operação Lava Jato. "Todo mundo compreenderia que ele merecia ser indicado. Tecnicamente cresceu de forma extraordinária, é meu amigo, é meu companheiro, como outros são meus companheiros, mas nunca indiquei por conta disso," declarou o petista.

O Café da Manhã desta segunda-feira (13) explica os critérios para a escolha de um ministro do STF e discute se pressões da sociedade podem pesar na decisão de Lula. A professora de direito da FGV Eloísa Machado também analisa como indicações recentes refletem a relação entre presidentes e ministros nomeados.

O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.

O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelas jornalistas Gabriela Mayer e Magê Flores, com produção de Laila Mouallem e Carolina Moraes e edição de som de Thomé Granemann e Raphael Concli.