Siga a folha

Descrição de chapéu Eleições 2018

Disputa presidencial pauta debate entre candidatos ao Senado por São Paulo

Suplicy, Major Olímpio e Tripoli tratam de temas discutidos por PT e Bolsonaro nacionalmente

Eduardo Suplicy (PT), Major Olímpio (PSL) e Trípoli (PSDB) durante debate com os candidatos ao Senado - Eduardo Anizelli/Folhapress

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

O debate entre candidatos ao Senado pelo estado de São Paulo promovido pela Folha nesta segunda-feira (1º) foi pautado, em grande medida, pela polarização entre os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) na disputa presidencial.

Compareceram os candidatos Eduardo Suplicy (PT), Major Olímpio (PSL) e Tripoli (PSDB).

Folha convidou os seis primeiros colocados na mais recente pesquisa Datafolha, divulgada na sexta-feira (28).

Segundo o levantamento, Suplicy tem 26%. Em seguida, Mara Gabrilli (PSDB), Mario Covas Neto (Podemos) e Major Olímpio estão tecnicamente empatados, com 17%, 15% e 14%, respectivamente. No segundo pelotão, estão Maurren Maggi (PSB), com 10%, e Tripoli, com 9%.

Folha fez os convites na sexta-feira (28). Mara Gabrilli, Covas Neto e Maurren Maggi informaram já ter compromissos de campanha agendados e, por isso, não participam do debate.

No debate, Suplicy teve que responder por sua proximidade com o ex-presidente Lula (PT), atualmente preso em Curitiba, e sobre o plano de governo de Haddad. Olímpio, por sua vez, foi pressionado devido aos ataques de Bolsonaro a sindicatos, aos discursos agressivos do presidenciável e à proposta de Constituinte sem parlamentares do vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão (PRTB).

Eduardo Suplicy (PT) durante debate de candidatos ao Senado promovido pela Folha - Eduardo Anizelli/Folhapress

Tripoli (PSDB) afirmou que propostas do programa de governo de Haddad contêm a ideia de acabar com a Lava Jato e órgãos de controle, estimulando o controle social das instituições.

Major Olímpio disse que a volta do PT à Presidência seria um "retrocesso", significaria o "enfraquecimento do Ministério Público e das polícias". "Nós nos transformaríamos em um fac-símile da Venezuela".

Olímpio, então, ressaltou que nunca ouviu o nome de Suplicy em escândalos de corrupção, mas criticou-o pela proximidade com Lula.

Suplicy, então, respondeu que tem convicção de que "Lula terá a oportunidade de, perante o STF, explicar por que não cometeu nenhum ato de enriquecimento ilícito e por que as decisões de Sergio Moro são baseadas em suposições e nenhuma prova concreta".

Ele lembrou do pedido que fez para dividir a cela com Lula. Como isso não foi permitido, ele atualmente se encontra na fila para visitá-lo na prisão.

Por sua vez, Suplicy disse que um apoiador do PT foi agredido com um soco no rosto neste domingo (30) durante as manifestações a favor de Jair Bolsonaro (PSL) em São Paulo. Ele avaliou que os apoiadores do candidato incentivam o ódio.

Tripoli (PSDB) durante debate de candidatos ao Senado promovido pela Folha - Eduardo Anizelli/Folhapress

Major Olímpio disse que é difícil responder por apenas um apoiador diante da multidão, mas destacou que "uma agressão de qualquer natureza é inadmissível". Ele também pediu que os partidários de Bolsonaro e dele respeitam a liberdade que as pessoas têm de escolherem outros candidatos.

"Sou legalista. Jamais posso incentivar qualquer ato de força desmedida em qualquer situação", disse o candidato, que tem como suas principais metas a redução da maioridade penal e a revogação do estatuto do desarmamento.

Sobre uma nova Constituinte, Olímpio disse divergir da proposta do vice de Mourão de chamar um conselho de notáveis para elaborar uma nova Constituição, sem a participação de parlamentares.

Major Olímpio (PSL) durante debate de candidatos ao Senado promovido pela Folha - Eduardo Anizelli/Folhapress

Suplicy disse que Haddad, que tem em seu programa uma proposta de reforma da Constituinte por uma assembleia exclusiva escolhida pelo voto, sabe da necessidade de dialogar com a população antes de modificar a Constituição, e que isso seria de forma transparente e democrática, ouvindo as demandas públicas.

Tripoli, cuja estratégia no debate foi a de criticar o PT e apresentar suas propostas, defendeu a necessidade de um estado menor, com privatizações estratégicas. O tucano levantou como bandeira a mudança no pacto federativo porque, segundo ele, São Paulo arrecada R$ 555 bilhões e recebe apenas R$ 30 bilhões em investimentos da União.

Sobre corrupção, Suplicy tornou-se alvo ao ouvir críticas de Tripoli, que disse que o PSDB "não passa a mão na cabeça" de partidários que eventualmente possam cometer erros, referindo-se nominalmente ao ex-presidente Lula. O petista disse que sempre foi pioneiro ao implementar mecanismos de transparência em seu gabinete. Olímpio defendeu que crimes de corrupção sejam classificados como hediondos.

Sobre oportunidades a mulheres, Olímpio disse que a Constituição já prevê igualdade entre pessoas de diferentes gêneros, e disse que o Ministério Público tem que fiscalizar as empresas para checar se isso está sendo cumprido. Suplicy e Tripoli disseram que não basta o que diz o apoiador de Bolsonaro.

O tucano disse que o "empoderamento das mulheres ainda não é realidade" no mercado de trabalho, no qual elas sofrem de desigualdade de oportunidades. Assim como Suplicy, defendeu a criação de políticas para garantir que as mulheres tenham acesso aos mesmos postos que os homens.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas