Avião com Cesare Battisti deixa Bolívia em direção a Roma
Mais cedo, cogitou-se 'escala' no Brasil; governo Bolsonaro mandou avião da PF à Bolívia
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O terrorista italiano Cesare Batistti foi entregue às autoridades italianas na tarde deste domingo (13) e já está a caminho de Roma, na Itália. Ele foi preso na noite de sábado (12) em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.
De acordo com a agência de notícias France Press, Batistti foi levado por policiais bolivianos ao aeroporto boliviano de Viru-Viru.
Segundo o jornal italiano Corriere Della Sera, Batistti deve chegar ao aeroporto italiano Ciampino no início da tarde de segunda. O ministro do Interior, Matteo Salvini, estará esperando por ele.
Na Itália, Battisti deverá cumprir pena por quatro assassinatos na década de 1970. Ele estava foragido desde 14 de dezembro.
O governo boliviano o expulsou por ter entrado ilegalmente no país. De acordo com o advogado Igor Tamasauskas, que defende Battisti no Brasil, a expulsão ou deportação deveria ter sido realizada para o país da última procedência do estrangeiro.
Na manhã deste domingo, cogitou-se que o italiano passaria pelo Brasil antes de seguir para a Itália. Battisti vivia no Brasil desde 2004.
Bolsonaro convocou uma reunião de emergência com os ministros Sérgio Moro (Justiça), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
O general Augusto Heleno, ministro do GSI, afirmou que o Brasil chegou até a enviar um avião da Polícia Federal para a Bolívia.
Após a decisão do governo italiano e boliviano sobre a ida direta de Battsti para Roma, o Ministérios das Relações Exteriores e da Justiça afirmaram, em nota, que o país ofereceu "facilitar o embarque" do italiano Cesare Battisti pelo território nacional.
"O importante é que Cesare Battisti responda pelos graves crimes que cometeu. O Brasil contribui assim para que se faça justiça", afirmou nota enviada pelo Itamaraty.
O presidente Jair Bolsonaro comentou sobre a prisão do italiano no Twitter. No fim da tarde de domingo, o presidente postou, em letras maiúsculas: "o Brasil não será mais refúgio de marginais ou bandidos travestidos de presos políticos".
A PRISÃO
Segundo o jornal italiano Corriere Della Sera, Battisti caminhava por uma rua de Santa Cruz de la Sierra quando foi abordado pela Interpol e por agentes bolivianos. Usava uma barba falsa e tinha com ele um documento de identidade com seu nome e data de nascimento.
Battisti estava sozinho no momento da captura, por volta das 17h de sábado (19h no Brasil). De acordo com o relato do jornal, ele não opôs resistência. Vestia calça e camisa azuis e usava óculos escuros. Levado a um carro de polícia, manteve-se em silêncio.
Uma equipe especial da polícia italiana deslocou-se para a cidade boliviana pouco antes do Natal, após receber dicas de informantes.
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