Sair

Siga a folha
Descrição de chapéu Lava Jato

Entenda o que é fato e o que é ficção na série 'O Mecanismo'

Segunda temporada, recém-lançada pela Netflix, aborda delação de empreiteira e impeachment

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Ricardo Balthazar
São Paulo

A segunda temporada da série "O Mecanismo" entrou no ar na sexta-feira (10) na Netflix, um ano após a primeira, com histórias e personagens que remetem à delação da Odebrecht e ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

O diretor da produção, José Padilha, sofreu muitas críticas da esquerda quando a primeira temporada estreou. Ele foi acusado de distorcer fatos históricos para fomentar o antipetismo e representar de forma caricatural Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi preso duas semanas após o lançamento.

A série é uma obra de ficção, mas qualquer pessoa que tenha acompanhado o noticiário da Lava Jato é capaz de reconhecer personagens e situações reais que inspiraram o cineasta e a roteirista Elena Soarez na criação.

Veja o que é verdade e o que é só ficção em "O Mecanismo":​

NA FICÇÃO: Cumprindo pena em prisão domiciliar, o doleiro Roberto Ibrahim (Enrique Diaz) se livra da tornozeleira e vai para Foz do Iguaçu contrabandear cigarros. Um capanga paraguaio cobre a tornozeleira com papel alumínio para confundir a polícia. NA REALIDADE: O doleiro Alberto Youssef deixou a cadeia em nov.16, cumpre pena em casa e não há sinal de que tenha voltado ao crime. Dispositivos nas tornozeleiras garantem que as autoridades seriam alertadas se alguém tentasse fazer como na série.. Carl de Souza/AFP e Alan Marques/Folhapress/

NA FICÇÃO: O empreiteiro Tom Carvalho (Carlos Meceni) revela que a OSA financiou reformas num tríplex e num sítio para o ex-presidente Gino. A delegada Verena diz que prefere checar as informações antes de fechar acordo de delação premiada com o executivo. NA REALIDADE: Preso em Curitiba, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro começou a negociar com a Lava Jato em abr.16. Suas revelações sobre o tríplex foram decisivas para incriminar Lula. Seu acordo de delação premiada só foi fechado no início deste ano.. Reprodução/

NA FICÇÃO: A delegada Verena (Caroline Abras) vota contra divulgar um grampo entre a presidente Janete (Sura Berditchevsky) e o ex-presidente Gino (Arthur Kohl), por ter sido feito fora do período autorizado pela Justiça. O juiz Paulo Rigo (Otto Jr.) decide divulgar a gravação. NA REALIDADE: Em 2016, o então juiz Sergio Moro divulgou uma conversa do ex-presidente Lula com a então presidente Dilma gravada após o fim de uma interceptação que ele autorizara. O STF considerou o procedimento ilegal. Não há registro de oposição da PF.. Netflix/Divulgação e Mauro Pimentel/Folhapress/

NA FICÇÃO: O empresário Ricardo Bretch (Emilio Orciollo Netto) decide cooperar com a Lava Jato e afirma ter feito contribuições ilegais para partidos. Ele diz que nunca tratou do assunto com Janete, mas negociou R$ 15 mi com Lemes e R$ 10 mi com Thames. NA REALIDADE: Emílio Odebrecht, seu filho Marcelo (foto) e outros 75 executivos da empreiteira fecharam acordos de delação premiada em dez.16. A série reflete com exatidão o que Marcelo disse em seus depoimentos sobre Dilma, Aécio Neves e Michel Temer.. Zé Carlos Barretta/Folhapress e Heuler Andrey/AFP/

Erramos?

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas

Mais lidas em Poder

Ver todas
  1. Polícia Federal PF revê posição e agora indicia família por hostilidade a Moraes em Roma
  2. Folhajus Cármen assume TSE, exalta Moraes, critica ódio e promete combater mentiras
  3. Eleições 2024 Datafolha: Veja intenção de voto em SP entre católicos e evangélicos
  4. Governo Lula Suspeito de propina é apontado pela PF como 'tentáculo' de Juscelino na Codevasf
  5. TSE Kassio no TSE indica tom mais brando em punições e provável divergência com Cármen

Principais do dia

Governo Lula

Base de Lula sente falta de nome forte para negociar, e governo minimiza derrotas no Congresso

Aliados dizem ser importante uma articulação comandada pelo presidente, mas afirmam que até agora não viram disposição para isso

Chuvas no Sul

Enchente arranca ponte e ameaça sobrevivência de município no RS

Travesseiro vê risco à economia local e busca reconstruir estrutura levada por cheia de rio

Folhajus

STF gasta R$ 200 mil com 4 seguranças no Réveillon nos EUA, mas se nega a informar ministros

Corte diz que não divulga informações por questões de segurança; no período, só Fachin teve agenda divulgada