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Justiça autoriza quebra de sigilo de Flávio Bolsonaro e Queiroz

É o primeiro passo judicial da investigação sobre Queiroz após 500 dias do relatório do Coaf que identificou movimentações atípicas

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Rio de Janeiro

A Justiça do Rio de Janeiro autorizou a quebra de sigilo bancário e fiscal do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz.

A decisão, do dia 24 de abril, foi divulgada nesta segunda-feira (13) pelo jornal O Globo e confirmada pela Folha.

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) chega para encontro no Palácio da Alvorada, em Brasília - Adriano Machado - 8.mai.2019/Reuters

A autorização atinge também 88 ex-assessores de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), a mulher e a empresa do senador, pessoas e firmas que fizeram transações imobiliárias com ele.

A quebra de sigilo bancário e fiscal é o primeiro passo judicial da investigação sobre Queiroz após 500 dias do relatório do Coaf apontar uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta bancária do ex-assessor de Flávio.

Segundo o jornal, o período da quebra é de 2007 a 2018, período em que Queiroz esteve vinculado ao gabinete de Flávio.

Fazem parte do rol dos investigados as filhas do ex-assessor, Nathalia e Evelyn Queiroz, ambas ex-assessoras de Flávio. Também tiveram quebrados os sigilos Raimunda Veras Magalhães e Danielle Nóbrega, mãe e mulher do ex-PM Adriano da Nóbrega, foragido acusado de comandar uma milícia na zona oeste do Rio de Janeiro.

Também são alvos os norte-americanos Glenn Dillard, Paul Maitino e Charles Eldering, ligados a dois imóveis em Copacabana adquiridos e vendidos pelo senador. Na transação, ele lucrou R$ 813 mil num período menor do que um ano e meio.

Também é alvo do procedimento a MCA Participações e seus sócios. Como a Folha revelou em 2018, o senador vendeu para a empresa salas comercias adquiridas 45 dias antes, com um lucro de mais de 200%.

Em nota, o senador Flávio Bolsonaro disse que seu "sigilo bancário já havia sido quebrado ilegalmente pelo MP-RJ, sem autorização judicial".

"Tanto é que informações detalhadas e sigilosas de minha conta bancária, com identificação de beneficiários de pagamentos, valores e até horas e minutos de depósitos, já foram expostas em rede nacional", afirma a nota.

"Somente agora, em maio de 2 019 —quase um ano e meio depois— tentam uma manobra para esquentar informações ilícitas, que já possuem há vários meses. A verdade prevalecerá, pois nada fiz de errado e não conseguirão me usar para atingir o governo de Jair Bolsonaro", diz o comunicado do senador.

A defesa de Queiroz e sua família afirmou que "recebe a notícia com tranquilidade uma vez que seu sigilo bancário já havia sido quebrado e exposto por todos os meios de comunicação, sendo, portanto, mera tentativa de dar aparência de legalidade a um ato que foi praticado de forma ilegal".

 

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