Aliada fiel de Bolsonaro, Bia Kicis vai presidir a CCJ, principal comissão da Câmara
Deputada do PSL defende posições negacionistas em relação à pandemia; ela diz que experiência como procuradora a habilita para o posto
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Uma das mais fiéis escudeiras do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a deputada Bia Kicis (PSL-DF) foi escolhida pelo novo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para presidir a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
A CCJ é a principal comissão da Câmara e desempenha papel importante no processo legislativo. É considerada uma vitrine e motivo de status para os deputados por ter entre suas atribuições, por exemplo, a análise da admissibilidade de pedidos de impeachment de presidentes.
Bia também é uma das bolsonaristas investigadas no inquérito das fake news, que corre no STF (Supremo Tribunal Federal).
O então presidente do STF, Dias Toffoli, afirmou à época da abertura da investigação que o inquérito era necessário “considerando a existência de notícias fraudulentas, denunciações caluniosas, ameaças e infrações que atingem a honorabilidade do STF, de seus membros e familiares".
Bia é procuradora aposentada e uma das principais defensoras de Bolsonaro na Câmara. Em uma rede social, ela respondeu a uma mensagem que a parabenizava pelo posto.
“É uma grande honra para mim e muita responsabilidade para a qual meus 24 anos como procuradora, um ano como 1ª vice-presidente da CCJ e meu amor pelo Brasil me habilitam, com fé em Deus!”, escreveu.
A votação pelos integrantes da CCJ para formalizar a escolha de Kicis ainda não tem previsão para ser realizada. Com a pandemia, os trabalhos nos colegiados estão suspensos. A escolha deve ser feita quando as atividades presenciais voltarem.
O último presidente da CCJ foi Felipe Francischini (PSL-PR), que se aliou ao presidente do partido, Luciano Bivar (PE), na briga com Bolsonaro que rachou o PSL.
A indicação de Bia fez parte de uma costura de Bivar para ficar com a 1ª secretaria da Câmara, cargo que equivale a uma "prefeitura da Casa".
Segundo o acordo, Bia presidiria a CCJ, enquanto o Major VItor Hugo (PSL-GO) passaria a liderar o partido caso concordassem com o nome de Bivar para a 1ª secretaria da Mesa Diretora.
Bia costuma acompanhar o presidente Bolsonaro em decisões controversas. Em dezembro, por exemplo, comemorou o fim do lockdown em Manaus. Semanas depois, a cidade registrou picos de casos de Covid-19, e internautas resgataram tuítes da parlamentar para criticá-la.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters