Em visita-relâmpago a Pernambuco, Bolsonaro silencia sobre prisão de deputado aliado
Presidente inaugurou trecho de canal hídrico interligado ao rio São Francisco
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se calou nesta sexta-feira (19) ao ser questionado sobre a prisão em flagrante do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ).
Durante evento para inauguração de uma obra hídrica em Pernambuco, Bolsonaro foi questionado duas vezes pela Folha. Nas duas oportunidades, apenas escutou a pergunta e preferiu ficar calado.
Daniel Silveira está preso desde a noite de terça-feira (16), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal, após divulgar um vídeo com ataques verbais e ameaças a ministros da corte.
Silveira é alvo de dois inquéritos na corte —um apura atos antidemocráticos e o outro, fake news. Moraes é relator de ambos os casos, e a ordem de prisão contra o deputado bolsonarista foi expedida na investigação sobre notícias falsas.
Em audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (18), o juiz Aírton Vieira, que atua em auxílio ao ministro Moraes, manteve a prisão em flagrante do parlamentar.
A votação para analisar a prisão deve ser realizada pela Câmara dos Deputados nesta sexta-feira (19), às 17h. O centrão avalia não derrubar a decisão do STF. O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), defendeu punição exemplar para o colega, com suspensão ou cassação de mandato.
Em pronunciamento neste sexta, o presidente fez uma sinalização ao Parlamento brasileiro. “Hoje, temos um Parlamento independente e consciente da força que tem. Esse Parlamento pode fazer muito e fará muito mais ao lado do presidente”, disse.
Bolsonaro ressaltou que não pode fazer nada sem a ajuda dos deputados e senadores. “O presidente sozinho não pode fazer nada. Junto com o Parlamento, podemos fazer muito.”
Bolsonaro pousou no aeroporto de Campina Grande (PB) por volta das 10h15. De lá, embarcou no helicóptero da Presidência da República e foi até Sertânia.
Sem máscara, cumprimentou apoiadores. Foi recebido por um trio de forró. O ministro do Turismo, Gilson Machado, tocou sanfona. O presidente retornou a Brasília às 11h50.
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