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Datafolha: Saiba quais segmentos da sociedade sustentam a já reduzida base de apoio a Moro

Apesar de queda na aprovação geral, ex-juiz conta com índices altos entre empresários e mais ricos

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São Paulo

No quadro geral, a aprovação do trabalho de Sergio Moro à frente da Lava Jato chegou ao menor nível desde 2016, 45%, segundo pesquisa Datafolha. Em três levantamentos há cinco anos, esse número variou de 65% a 62%.

Mas o ex-juiz ainda conta com apoio consideravelmente alto entre alguns grupos, incluindo empresários e a parcela mais rica da população. Nesse primeiro, o índice chega a 67%. No segundo, 57%.

O instituto questionou 2.023 pessoas nos dias 15 e 16 deste mês. A pesquisa, nacional e por telefone, tem margem de erro de dois pontos percentuais.

Veja abaixo quem sustenta a aprovação do ex-ministro de Jair Bolsonaro (sem partido), segundo pesquisa Datafolha.

Pressão por mudança: Moro disse que o presidente cobrou dele a substituição da Superintendência do Rio e do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. Bolsonaro teria insistido no pedido de relatórios de inteligência e informação da PF.. Evaristo Sá/AFP/EVARISTO SA

Trocas no RJ e em PE: O então diretor da PF, Maurício Valeixo, "declarou que estava cansado da pressão para a sua substituição e para a troca do SR/RJ e [...] que, por esse motivo, e também para evitar conflito entre o presidente e o ministro, disse que concordaria em sair". Após essa declaração, Bolsonaro passou a reclamar da indicação da superintendência de Pernambuco, segundo Moro. Adriano Machado/Reuters/ADRIANO MACHADO

Relatórios: Segundo Moro, a versão do presidente de que ele não recebia informações ou relatórios de inteligência da Polícia Federal não era verdadeira. Em relação ao trabalho da Polícia Federal, informava as ações realizadas, resguardado o sigilo das investigações.. Evaristo Sá/AFP/EVARISTO SA

O nome de Ramagem: Moro afirmou que a pressão para substituir Valeixo retornou com força em janeiro de 2020, quando o presidente disse que gostaria de nomear Alexandre Ramagem [diretor da Agência Brasileira de Inteligência] no cargo de diretor-geral da Polícia Federal.". Adriano Machado/Reuters/ADRIANO MACHADO

Ramage e a Família Bolsonaro: Como Ramagem tinha ligações próximas com a família do presidente isso afetaria a credibilidade da Polícia Federal e do próprio governo, prejudicando até o presidente, disse Sergio Moro. . Pedro Ladeira/Folhapress/

Indicações aos postos: Moro ressaltou que todas as indicações feitas às superintendências da PF passavam pelo crivo da Casa Civil e que Bolsonaro não tinha o mesmo interesse em mudanças de outros postos dentro do Ministério da Justiça, além dos ligados à PF.. Pedro Ladeira/Folhapress/Pedro Ladeira

Entorno do presidente: Questionado pelos investigadores se via relação entre as trocas solicitadas pelo presidente com a deflagração de operações policiais contra pessoas próximas a Bolsonaro, Moro disse que desconhecia relação e que não tinha acesso às investigações em curso.. Pedro Ladeira/Folhapress/

Crime de Bolsonaro: Os investigadores perguntaram a Moro se ele identificava nos fatos apresentados alguma prática de crime por parte de Bolsonaro. O ex-ministro disse que os fatos narrados por ele são verdadeiros, mas não afirmou se o presidente teria cometido algum crime.. Folhapress/Pedro Ladeira

Saída do governo: Moro contou que avisou Bolsonaro que sairia do governo com a confirmação da saída de Valeixo. Ele disse à PF que informou então "os motivos pelos quais não podia aceitar a substituição e também declarou que sairia do governo e seria obrigado a falar a verdade. Pedro Ladeira/Folhapress/

Sergio Moro e Paulo Guedes aparecem na portaria do condomínio de Bolsonaro, no Rio, após a reunião com o presidente eleito em que o juiz aceitou o convite para o Ministério da Justiça. Folhapress/Ian Cheibub

O presidente da República Jair Bolsonaro posa em foto oficial com os ministros que iniciaram o mandato a seu lado, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF) . Folhapress/Eduardo Anizelli

O vice-presidente Hamilton Mourão, o presidente Jair Bolsonaro e o então ministro da Justiça Sergio Moro durante a cerimônia de posse do mandato, no Palácio do Planalto, em Brasília. Folhapress/Eduardo Anizelli

O ex-ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) fala em painel no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. AFP/Fabrice Coffrini

Sergio Moro durante evento de assinatura de decreto presidencial que flexibiliza regras para atiradores esportivos, caçadores e colecionadores de armas. Folhapress/Pedro Ladeira

O então ministro Sergio Moro durante entrevista no Programa do Ratinho, no SBT. Twitter @SF_Moro/Reprodução

Sergio Moro depõe na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, em Brasília (DF), sobre o vazamento de conversas suas com o procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato, obtidas pelo site The Intercept Brasil. Folhapress/André Coelho

Manifestação de apoio ao ministro Sergio Moro em São Paulo traz boneco inflável com imagem do ex-juiz federal, na época em que era ministro do governo Bolsonaro. Reuters/

Em sua fala na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Sergio Moro, se irritou com deputados da oposição, usou de ironia ao comentar as mensagens com a Lava Jato obtidas pelo site The Intercept Brasil e foi presenteado com um troféu pelo deputado Boca Aberta (Pros-PR). Folhapress/Pedro Ladeira

Sergio Moro deixa sessão na Câmara após uma confusão generalizada. O então ministro prestava depoimento à CCJ da Câmara dos Deputados sobre as mensagens trocadas com procuradores da força-tarefa da Lava Jato. Folhapress/Pedro Ladeira

Moro e Bolsonaro com camisas do Flamengo em partida do time carioca contra o CSA, no estádio Mané Garrincha, em Brasília . Photo Press/Folhapress/Alex Farias

Moro conversa com Bolsonaro durante lançamento do programa Em Frente, Brasil. AFP/Evaristo Sá

Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro durante parada militar no dia da Independência, em Brasília. AFP/Evaristo Sá

O então ministro Moro olha sua carteira durante a solenidade de posse do procurador-geral da República, Augusto Aras, no Palácio do Planalto. Folhapress/Pedro Ladeira

Sergio Moro deixa sala de reuniões na Câmara dos Deputados após encontro para debater a tramitação do pacote anticrime no Congresso Nacional. Folhapress/Pedro Ladeira

A imagem do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro é refletida nos óculos do advogado-geral da União, André Mendonça, na cerimônia de abertura do ano do Judiciário. Folhapress/Pedro Ladeira

Sergio Moro anda em veículo especial das Forças Armadas enquanto acompanham trabalhos da Operação de Garantia da Lei e da Ordem no perímetro externo da Penitenciária da Papuda, em Brasília. DefesaGovBr no Twitter/Reprodução

Sergio Moro colocando a máscara de proteção durante coletiva de imprensa para falar sobre medidas do governo pra conter a epidemia de coronavírus, no Palácio do Planalto. Folhapress/Pedro Ladeira

Nas últimas horas no cargo, o então ministro da Justiça Sergio Moro fala ao telefone em seu gabinete após a Folha revelar seu pedido de demissão. Folhapress/Pedro Ladeira

O demissionário ministro da Justiça Sergio Moro é aplaudido por servidores e assessores após o pronunciamento no qual anunciou sua demissão do cargo, com críticas a Bolsonaro. Folhapress/Pedro Ladeira

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