Michelle Bolsonaro perde processo para IstoÉ e terá de pagar R$ 15 mil
Primeira-dama acusou revista de machismo em reportagem
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) rejeitou recurso apresentado por Michelle Bolsonaro em processo em que a primeira-dama afirma que a revista IstoÉ a retratou de maneira machista em reportagem publicada em fevereiro do ano passado.
Na ação, Michelle cobrava uma indenização de R$ 100 mil, além de uma retratação, em razão do texto "O esforço de Bolsonaro para vigiar a mulher de perto", no qual, segundo ela, a revista insinuou que estaria tendo um caso extraconjugal com o então ministro da Cidadania, Osmar Terra. Cabe recurso à decisão.
"[Os jornalistas] pautaram-se em informações mentirosas sobre suposto desconforto no casamento e construíram uma plêiade de conteúdo raso para disseminar a ideia de que a primeira-dama teria sido infiel a seu marido", afirmou à Justiça o advogado de Michelle, Fabio Kadi. "Nitidamente se portaram de maneira machista, como se a primeira-dama fosse um objeto ou coisa a ser 'vigiada' por alguém."
Na defesa que apresentou à Justiça, a revista declarou que não publicou "inverdades" nem fez "qualquer insinuação de caso extraconjugal". Disse que apenas "narrou questão pessoal da primeira-dama e do seu marido que tinham repercussão política e interesse público dadas as movimentações realizadas pelo presidente Bolsonaro na troca do ministro da Cidadania".
O tribunal determinou que a primeira-dama pague R$ 15 mil em honorários à advogada da revista, Lucimara Ferro Melhado.
O TJ-SP manteve a decisão de absolvição da juíza Adriana Basso, da 3ª Vara Cível de São Paulo, que, em dezembro, considerou que a publicação ficou "no limite da liberdade de imprensa e de informação".
Segundo o desembargador J.B. Paulo Lima, relator do processo na corte, a reportagem não é ofensiva. "Na posição que ocupa, [Michelle Bolsonaro] está permanentemente sujeita a ter a vida esmiuçada porque suas atividades são, em geral, de interesse público, até porque muitas vezes pagas com dinheiro público."
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters