Siga a folha

Descrição de chapéu Governo Bolsonaro Folhajus

Ministério Público abre investigação sobre atuação de pastores no MEC

Objetivo será apurar se houve irregularidades nos repasses

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

O Ministério Público Federal abriu uma investigação para apurar suposta prática do crime de tráfico de influência pelos pastores Gilmar Silva Santos e Arilton Moura na intermediação da destinação de verbas do Ministério da Educação.

A medida, divulgada nesta quinta-feira (24), foi chamada de procedimento preparatório pela procuradora da República no Distrito Federal, Luciana Loureiro, que assinou o documento.

Segundo ela, o objetivo será apurar se houve irregularidades no fluxo de liberação de verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), com o não atendimento a critérios técnicos ou à ordem de prioridade de pagamentos antigos.

Ministro da Educação, Milton Ribeiro, com os pastores Arilton Moura (ao fundo) e Gilmar Santos em culto em Goiânia (GO) - Reprodução/ redes sociais

A procuradora também quer investigar possíveis fragilidades dos controles administrativos de recursos destinados aos programas do órgão e a inefetividade do planejamento orçamentário das ações do MEC.

O procedimento foi aberto a partir de uma representação enviada ao órgão pelo deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP). Ele também pediu a investigação de suposta prática de improbidade administrativa pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro.

Luciana disse que os aspectos de campo penal e improbidade administrativa serão encaminhados ao juízo de um dos ofícios de Combate ao Crime e à Improbidade Administrativa, por não serem de sua competência.

"Resta a este ofício de atos administrativos atribuição para apreciar o segundo aspecto, uma vez que a constatação de irregularidades no fluxo de liberação de verbas do FNDE expõe uma indesejável fragilidade dos controles administrativos aplicáveis", disse.

Na quarta-feira (23), o procurador-geral da República, Augusto Aras, já havia pedido autorização ao STF (Supremo Tribunal Federal) para investigar Milton Ribeiro.

O pedido ocorreu depois que o jornal Estado de S. Paulo mostrou a atuação dos pastores junto ao MEC e a Folha ter revelado áudio em que Ribeiro afirma que o governo Jair Bolsonaro (PL) prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados pelos pastores que não têm cargo e atuam em um esquema informal de obtenção de verbas do MEC.

Aras pediu a investigação de Ribeiro para apurar suspeita de prática dos crimes de corrupção passiva, tráfico de influência, prevaricação e advocacia administrativa. Também solicitou a abertura de inquérito sobre os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas