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Rodrigo Garcia mira exposição na TV para superar Tarcísio em SP

Pesquisa acende alerta, e tucano aposta em horário eleitoral, no qual terá o dobro de tempo dos principais adversários

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São Paulo

A nova pesquisa do Datafolha acendeu um sinal de alerta na equipe de campanha do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). Antes empatado com Tarcísio de Freitas (Republicanos), o tucano viu o adversário descolar na briga por um possível segundo turno com Fernando Haddad (PT).

O levantamento, publicado na quinta-feira (18), mostrou que Haddad segue à frente, com 38% das intenções de voto. Em seguida aparece Tarcísio, com 16%, e Rodrigo, com 11%. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Para reverter a situação, o tucano se apega ao tempo de TV no horário eleitoral gratuito, que começará no dia 26 de agosto e vai até 29 de setembro. Rodrigo tem praticamente o dobro de tempo de exposição em relação a Haddad e Tarcísio.

Fernando Haddad lidera pesquisa, à frente de Tarcísio de Freitas e Rodrigo Garcia - Montagem/Folhapress

Com a coalizão de dez partidos (PSDB, Cidadania, União Brasil, MDB, PP, Podemos, Solidariedade, Patriota, Pros e Avante), Rodrigo deve ter em torno de 4 minutos e 18 segundos no horário eleitoral.

Já o petista ficará com cerca de 2 minutos e 15 segundos, e o candidato do Republicanos, com 2 minutos e 22 segundos.

A expectativa na campanha tucana é que, com a exposição na TV, o governador consiga se apresentar a um eleitorado que ainda não o conhece.

"Eu ainda sou pouco conhecido do eleitor de São Paulo e quero me apresentar, apresentar a minha história de vida dedicada a São Paulo, dos mais variados cargos públicos que ocupei até chegar a governador", disse Rodrigo nesta sexta (19).

O Datafolha mostrou que o nível de conhecimento dos candidatos pelo eleitor paulista é de 89% para Haddad e de 35% para Rodrigo e Tarcísio.

Não à toa, o roteiro dos primeiros vídeos do tucano no horário eleitoral deverá seguir uma espécie de apresentação, com Rodrigo revisitando a fazenda dos avós em Tanabi, no interior paulista.

"Estou começando a campanha onde nasci, e nas próximas semanas vou pedir para você abrir as portas da sua casa para que você me conheça mais", diz Rodrigo, na abertura do vídeo.

A distância de Rodrigo para Tarcísio e Haddad é ainda maior na pesquisa espontânea —na qual Haddad marca 13%, Tarcísio chega a 8% e Rodrigo tem 3%.

Com a dificuldade para engrenar a imagem de Rodrigo, a campanha faz uma reavaliação sobre as redes sociais, ambiente tomado pela polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), padrinhos, respectivamente, de Haddad e Tarcísio. No Twitter, por exemplo, Haddad reúne 2,4 milhões de seguidores e Tarcísio, 1,3 milhão, enquanto Rodrigo tem 25,6 mil.

Em suas postagens nas redes, Rodrigo insiste que é o único candidato independente na corrida ao Governo de São Paulo, enquanto Haddad e Tarcísio agiriam de acordo com interesses dos grupos políticos que brigam pela Presidência da República.

Mas um ala dos tucanos lamenta a falta de um padrinho. O governador também tem feito movimentos contra ideologias, com frases como "nem esquerda nem direita, é pra frente", mas que não tem seduzido novos seguidores.

O resultado do Datafolha desta quinta surpreendeu inclusive a equipe de Haddad.

Na pesquisa anterior, divulgada em 30 de junho, Tarcísio e Rodrigo estavam empatados, ambos com 13%, enquanto Haddad liderava com 34%.

O grupo do ex-prefeito paulistano admite que é melhor ir para o segundo turno contra Tarcísio devido à estratégia de polarização com o afilhado político de Bolsonaro.

No entanto, veem com preocupação a possibilidade de eventual encolhimento mais intenso de Rodrigo, com votos migrando para o bolsonarista. Isso porque a ideia seria herdar votos do atual governador no segundo turno, o que ficaria mais difícil se Tarcísio ganhasse muita vantagem às custas do tucano.

Na opinião de pessoas próximas do petista, também é surpreendente que, mesmo estando no controle da máquina pública, Rodrigo possa ficar para trás.

Integrantes da chapa de Haddad diziam que a disputa entre Tarcísio e Rodrigo seria acirrada até o fim, a exemplo das últimas eleições, em 2018, quando Márcio França (PSB) ultrapassou Paulo Skaf (MDB) e conseguiu ir ao segundo turno contra João Doria (PSDB).

A campanha de Tarcísio comemorou o resultado da Datafolha. Avalia que à medida que Tarcísio se torna mais conhecido, as pessoas gostam dele --e com isso há conversão de votos de eleitores indecisos.

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