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Datafolha: Veja evolução de Lula e Bolsonaro entre brancos, pardos e pretos

Rivais seguem empatados entre brancos, e petista reforça vantagem entre pardos e pretos

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Júlia Barbon

Rio de Janeiro

A última pesquisa Datafolha mostra que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) continuam tecnicamente empatados entre eleitores que se declaram brancos, com o petista liderando entre negros na corrida pela Presidência.

O petista reforçou sua vantagem entre pardos e pretos nesta semana, ampliando a diferença para o presidente de 8 para 12 pontos percentuais no primeiro grupo e de 29 para 34 pontos no segundo.

A margem de erro do levantamento —que ouviu 5.926 pessoas de terça (13) a quinta-feira (15)— é de dois pontos no geral, mas sobe para três pontos entre pretos.

No Brasil, 42% do eleitorado se declara pardo, 34%, branco, e 15%, preto, segundo o Datafolha. Amarelos e indígenas não foram incluídos porque as bases de dados são muito pequenas.

Abaixo, veja como os dois adversários estão evoluindo por cor nas respostas estimuladas, ou seja, em que os nomes dos candidatos são lidos ao entrevistado. O número de registro da pesquisa na Justiça Eleitoral é BR-04099/2022.

Em outubro de 2019, durante live em rede social, com o deputado Hélio Lopes, que é negro, ao seu lado, disse que o levaria à China. "Eu falei: 'Tem algum problema? É só você fazer assim [puxando as pálpebras para os lados] que ninguém vai te achar na multidão." . Alan Santos - 17.jul.19/PR/Alan Santos

Em live, o presidente Jair Bolsonaro puxa as pálpebras para fazer alusão ao formato do olho dos japoneses. Reproducão - 23.jan.20/Facebook/Reproducão/Facebook

A primeira edição da Parada do Orgulho LGBT+ em São Paulo aconteceu em 1997. Em abril de 2019, durante café da manhã com jornalistas, o presidente Jair Bolsonaro disse: "Quem quiser vir aqui [ao Brasil] fazer sexo com uma mulher, fique à vontade. O Brasil não pode ser um país de turismo gay. Temos famílias." . Regina Agrella - 28.jun.97/Folhapress/Regina Agrella

Em abril de 2017, durante palestra em uma entidade no Rio, o então deputado Jair Bolsonaro disse: "Fui num quilombola em Eldorado Paulista. Olha, o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador ele serve mais." . Karime Xavier - 14.set.21/Folhapress/Karime Xavier

Presidente Jair Bolsonaro em Jardim de Piranhas, no RN, dias após se referir ao povo nordestino de forma depreciativa: "Está cheio de pau de arara aqui e não sabem que cidade fica padre Cícero?". Alan Santos - 9.fev.22/PR/Alan Santos

A lei nº 1.079, de 1950, que tipifica o impeachment, define como crime de responsabilidade todos os "atos do presidente da República que atentarem contra a Constituição Federal", especialmente contra a probidade na administração e outros pontos. Gabriela Biló - 7.jun.22/Folhapress/Gabriela Biló

Durante uma palestra, em abril de 2017, em uma entidade no Rio, o então deputado Jair Bolsonaro afirmou: "Eu tenho cinco filhos. Foram quatro homens. A quinta eu dei uma fraquejada e aí veio uma mulher.". Marlene Bergamo - 8.mar.20/Folhapress/Marlene Bergamo

Racismo: a lei nº 7.716, de 1989, que dispõe sobre os crimes de discriminação, considera racismo o ato amplo de preconceito, que atinge uma coletividade indeterminada de indivíduos. As punições variam conforme o ato, mas vão de um a cinco anos de reclusão. Eduardo Anizelli - 7.jun.20/Folhapress/Eduardo Anizelli

"Esse é o livro dessa japonesa, que eu não sei o que faz no Brasil, que faz agora contra o governo", afirmou o presidente Jair Bolsonaro, em janeiro de 2020, referindo-se à jornalista Thaís Oyama Na imagem, jornalistas Thaís Oyama e Vera Magalhães durante o lançamento do livro Tormenta - O Governo Bolsonaro: Crises, intrigas e segredos.. Mathilde Missioneiro - 6.fev.20/Folhapress/Mathilde Missioneiro

Em novembro de 2018, já eleito presidente, durante evento militar no Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro disse: "A criação de campos de refugiados, talvez, para atender aos venezuelanos que fogem da ditadura de seu país. Porque do jeito que estão fugindo da fome e da ditadura, tem gente também que nós não queremos no Brasil." Na imagem, protesto de grupo de venezuelanos contra xenofobia em Boa Vista (RR). 9.fev.18/Divulgação/Divulgação

Em janeiro de 2020, durante live em rede social, Bolsonaro disse: "Com toda a certeza, o índio mudou. Está evoluindo. Cada vez mais o índio é um ser humano igual a nós." Na imagem, o presidente Jair Bolsonaro recebe a Medalha do Mérito Indigenista. . Isaac Amorim - 18.mar.22/MJSP/Isaac Amorim

Indígenas de várias etnias de várias regiões do Brasil participam da segunda marcha das Mulheres Indígenas. Elas fizeram um boneco representando o presidente Jair Bolsonaro e queimaram o boneco ao final da marcha. O presidente já disparou frases preconceituosas contra indígenas e mulheres. Pedro Ladeira - 10.set.21/Folhapress/Pedro Ladeira

A venezuelana Melanie Morales com seu marido Emmanuel Alejandro Ludeña Quijada e a bebê do casal, Lia Sophia. O casal demorou dois meses para conseguir registrar a criança, nascida no Brasil, e sofreu discriminação no cartório. Falas e gestos que denotam aversão a estrangeiros entram na previsão de injúria. O parágrafo do Código Penal que especifica os agravantes cita origem da pessoa ofendida como um dos fatores que podem aumentar a pena, em caso de condenação do agressor (o tempo máximo de reclusão é de três anos). Zô Guimarães - 4.dez.21/Folhapress/Zô Guimarães

Grupo Ilu Oba de Min, durante marcha da Consciência negra, na avenida Paulista, em São Paulo. Previsto no Código Penal, quando a injúria faz referências a raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou com deficiência, a pena pode chegar até três anos de reclusão. Eduardo Anizelli - 20.nov.21/Folhapress/Eduardo Anizelli

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