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Bolsonaro ganha fôlego de largada para enfrentar Everest no 2º turno

Presidente reduziu distância de Lula apontada em pesquisas, mas ainda tem rejeição alta

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São Paulo

Um monte Everest político é o que esperava Jair Bolsonaro (PL) em sua tentativa de superar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto, marcado para o próximo dia 30.

Ao menos era o que indicavam as pesquisas e a alta rejeição do presidente. O bom desempenho pessoal dele, que reduziu a distância estimada nas pesquisas até a véspera do pleito do petista, associado a uma certa onda bolsonaristas nos estados, sugere que ele ganhou balões de oxigênio para o desafio.

Na montagem, o ex-presidente Lula e o atual, Jair Bolsonaro, rivais no segundo turno - Danilo Verpa/Folhapress e Reprodução/@Flow Podcast no Youtube

Contra o presidente há a história. Desde que a reeleição foi introduzida, no pleito de 1998, nunca um candidato que chegou em segundo lugar no primeiro turno conseguiu virar e derrotar o primeiro colocado.

O mais próximo disso ocorreu em 2014, quando Aécio Neves (PSDB) ultrapassou Marina Silva (então PSB) e chegou a 33,5% no primeiro turno dominado pela então presidente Dilma Rousseff (PT), com 41,95%.

Eles passaram a campanha toda do segundo turno, encarniçada, empatados tecnicamente, ora com Aécio à frente, ora com Dilma. No dia da eleição, segundo o Datafolha, a petista tinha 52%, e o tucano, 48%. A decisão foi voto a voto, e o hoje deputado federal mineiro perdeu por 51,64% a 48,36% dos válidos.

No derradeiro levantamento do instituto neste primeiro turno de 2022, Lula tem 54%, contra 38% de Bolsonaro na simulação da rodada final. Em 2006, o petista largou na corrida de segundo turno contra o seu hoje candidato a vice Geraldo Alckmin com 50% a 43%. Acabou vencendo por 61% a 39%.

Em 2018, quando disputou a Presidência pela primeira vez, Bolsonaro iniciou a disputa do segundo turno contra Fernando Haddad (PT) com ampla vantagem, 58% a 42%, e assim acabou: 55% a 45%.

Naturalmente, cada pleito tem uma história, mas se o índice de transferência de voto do primeiro para o segundo turno aferido pelo Datafolha entre os eleitores dos terceiros colocados neste domingo, Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT), se mantiver, Bolsonaro terá muita dificuldades.

Dos ciristas, 31% disseram na pesquisa feita na sexta (30) e no sábado (1º) que vão apoiar Lula, enquanto 22% vão de Bolsonaro, e 32%, anularão. Já entre os eleitores de Tebet, disseram ao Datafolha pretender votar em Lula na rodada final 31%, ante 15% que preferem Bolsonaro e 34% que anularão.

O presidente também enfrenta um problema crônico de rejeição, de resto algo que afeta também a Lula, ainda que em um patamar bem mais negociável. Disseram antes do primeiro turno que não votam de forma alguma no presidente 52%, o piso do indicador ao longo da campanha.

É muito. Lula tem 40%, alto também. A rejeição a Bolsonaro acompanha sua má avaliação como governante e é anabolizada por seu estilo controverso, dado a polêmicas, golpismos e machismos —não por acaso, sua intenção de voto sempre foi menor entre as mulheres, enquanto a rejeição era maior.

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