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Janja critica STF muito masculino após Lula ter indicado homens para corte

'Aquilo me incomoda', diz primeira-dama; em terceiro mandato, presidente ignorou pressões e reduziu participação feminina no Supremo

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Brasília

A primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, afirmou nesta segunda-feira (4) esperar que o STF (Supremo Tribunal Federal) seja um espaço que possa ser ocupado por mais mulheres.

Em seu terceiro mandato, o presidente Lula (PT) indicou dois homens para a Suprema Corte: Cristiano Zanin, que advogou para o petista em casos da Lava Jato, e Flávio Dino, ex-ministro da Justiça.

Da esquerda para a direita, a ministra Cida Gonçalves (Mulheres), a primeira-dama, Janja, a ministra Simone Tebet (Planejamento) e a ministra do STF Cármen Lúcia. - Gabriela Biló - 4.Mar.24/Folhapress

Ao escolher Dino, Lula reduziu a participação feminina no STF para apenas uma mulher, a ministra Cármen Lúcia —indicada pelo petista em seu primeiro mandato.

Janja deu a declaração em evento que oficializou o lançamento da agenda transversal de mulheres no Plano Plurianual de 2024-2027. Também participaram da cerimônia ministras do governo petista e Cármen Lúcia, hoje a única mulher entre os 11 integrantes do STF.

"Toda vez que eu chego em algum evento lá no Supremo, eu vou direto para ela [Cármen Lúcia]. Porque eu sempre entro naquela sala e é uma sala muito masculina e aquilo me incomoda muito, e aí eu sempre busco a ministra Cármen lá. Eu espero, realmente, é um espaço muito difícil, mas eu espero que logo aquele espaço também seja um espaço de mais mulheres", afirmou Janja no começo de sua fala no evento.

Desde o começo de 2023, o presidente sofreu pressão pela indicação inédita de uma ministra para o Supremo, com o objetivo de manter a cadeira de Rosa com uma mulher —o que não ocorreu.

Houve ainda apelos para que Lula escolhesse uma mulher negra, o que seria inédito na história da corte.

Lula, porém, não cedeu aos apelos, assim como fez na sua primeira indicação, quando optou por Zanin, a quem chamou de amigo.

Antes de decidir pelo nome de Dino, o presidente já havia dito que gênero e cor não seriam critérios para sua decisão.

Com isso, a representação feminina na corte suprema fica em 9%, uma das piores da América Latina.

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