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Descrição de chapéu Eleições 2024 São Paulo

Nunes e Tarcísio evitam confirmar ex-Rota após jantar, mas dizem que vice será do PL

Com União Brasil ausente em encontro, prefeito afirma ter selado acordo com 12 partidos e não confirma aval a indicado de Bolsonaro

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São Paulo

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disseram nesta quarta-feira (20) que o vice da chapa do emedebista será indicado pelo PL, mas evitaram cravar o nome do ex-coronel da Rota Mello Araújo (PL), indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O anúncio deve ocorrer até esta sexta-feira (21). As conversas ocorreram em jantar no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, com representantes de 12 partidos.

Da esq. para a dir.: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e coronel Mello Araújo (PL) em São Paulo - Folhapress

A imprensa não pode entrar no palácio, mas ao fim Nunes e Tarcísio saíram para conversar com os jornalistas. O governador afirmou que a definição está próxima.

"Está muito perto de a gente estabelecer um consenso em torno da questão do candidato a vice. É super difícil a gente estar conseguindo isso, essa direção está dada, o PL é o maior partido, vai indicar o vice."

De acordo com o governador, mesmo integrantes da União Brasil, que não estavam presentes, foram consultados por telefone e convergiram na decisão. Ele afirmou não haver objeção dos partidos ao coronel Mello Araújo, mas citou outros nomes também.

Nunes afirmou que os nomes foram colocados e que foi questionado sobre objeção a nomes de Mello Araújo, Rute Costa e Zulaiê Cobra, entre outros. "A gente deve anunciar até sexta-feira o nome definitivo, mas foi combinado dentre os 12 partidos que o nome é do PL", disse.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) em conversa com jornalistas no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo; ambos levaram bolo e salgados, de comemoração do aniversário de Tarcísio - Folhapress

A pré-campanha do prefeito desejava protelar a escolha, idealmente até o período das convenções partidárias, em julho.

Mas, como mostrou a Folha, depois que o coach Pablo Marçal (PRTB) entrou na disputa pela prefeitura, ameaçando trazer para si o voto da direita conservadora e flertando com o apoio de Bolsonaro, cresceu a pressão para que Nunes escolhesse um vice bolsonarista e, assim, amarrasse o apoio do ex-presidente.

Na última semana, Tarcísio disse à imprensa que apoiava o nome do coronel, escolhido por Bolsonaro, e cobrou agilidade na definição. "Entendo que, até pela mudança de cenário, é mais do que nunca importante fazer esse acerto o mais rápido possível."

Depois dessa fala do governador, a pré-campanha de Nunes entendeu que não seria mais possível adiar a decisão por muito tempo.

Em 14 de junho, Nunes almoçou com Tarcísio, Bolsonaro e Mello Araújo na prefeitura. Ali, disse que faltava aparar as arestas com partidos para a indicação do policial.

Entre aliados de Nunes, há a preocupação de que Mello Araújo seja visto como um nome muito radical, que possa afastar os eleitores de centro. Eles avaliam que a radicalização seria prejudicial para o prefeito, considerando que o presidente Lula (PT) obteve 53% dos votos na capital no segundo turno de 2022.

Outro receio é que a escolha leve o eleitor a associar a pauta da segurança pública a uma responsabilidade do prefeito, e não do governador. Como mostrou o Datafolha, para 23% dos paulistanos, o maior problema da cidade é a segurança. Nunes quer evitar ser fustigado com base no tema.

Por outro lado, o entorno do emedebista pondera que a escolha de Mello Araújo como vice também pode ter o efeito contrário –eleitores preocupados com a segurança podem ficar satisfeitos com a escolha do coronel.

Mello Araújo foi indicado por Bolsonaro, quando presidente, para a direção da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). A campanha de Nunes pretende explorar a atuação do oficial no cargo, citando ações de combate à corrupção crônica na empresa pública.

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