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Bolsonaro diz que 'só conservadores' sofrem atentado ao comentar tiro em Trump

Ex-presidente vai a atos de pré-campanha e afirma que esquerda, 'pela mentira, tenta matá-lo'

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Brasília e Santos

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou o ataque a tiros contra seu aliado internacional e candidato a presidente dos Estados Unidos Donald Trump e afirmou, neste domingo (14), que "somente pessoas conservadoras sofrem atentado".

Bolsonaro recordou a facada que levou em 2018, criticou a imprensa e o atual governo, pregou pauta de costumes e disse que não irá informar se entrou em contato com Trump após o episódio de sábado (13).

A pré-candidata Rosana Valle (PL), com Michelle e Jair Bolsonaro neste domingo (14) em Santos - Carla Fiamini/Divulgação

"Atentados são contra as pessoas de bem e conservadores", afirmou em vídeo em que é indagado por jornalistas e que publicou nas redes sociais.

E prosseguiu: "Ele foi salvo, a meu entender, como eu fui. Os médicos dizem que foi milagre eu ter sobrevivido em 2018 tendo em vista a gravidade dos ferimentos. E ele foi salvo por questão de poucos centímetros. Isso, a meu entender, é algo que vem de cima".

Casos de violência política atingiram políticos de diferentes espectros no Brasil nos últimos anos. Um dos mais conhecidos foi a morte da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), assassinada em 2018. Também naquele ano, ônibus da caravana do então pré-candidato Lula (PT) foi atingido por tiro em estrada no interior do Paraná.

Neste domingo, Bolsonaro participou em Santos (SP) de evento da pré-campanha municipal, juntamente com a ex-primeira-dama Michelle.

Ele esteve no Centro de Convenções da Ponta da Praia, onde participou de encontro promovido pela pré-candidatura da deputada federal Rosana Valle (PL) à prefeita da cidade, a quem chamou de "mulher extraordinária". E afirmou: "Os conservadores voltarão ao poder".

No ato, ele disse também: "A esquerda, pela mentira, vai tentar me matar, mas sou imorrível".

Ele não comentou os recentes avanços nas investigações pela Polícia Federal, no âmbito da operação Última Milha, e cujo sigilo foi retirado na quinta-feira (11), sobre suposto esquema ilegal de espionagem na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante seu governo.

Mais cedo, Bolsonaro fez o mesmo gesto de apoio político na vizinha Praia Grande, onde a primeira parte da visita à região ocorreu para prestigiar o pré-candidato a prefeito Lissandro Florêncio (PL).

Já em Santos, a ex-primeira-dama Michelle elogiou Rosana ao afirmar que ela "influencia as pessoas a trilhar o caminho do bem".

Oficialmente chamado de o Evento do PL Regional da Baixada Santista e Vale do Ribeira, o encontro santista atraiu centenas de apoiadores e políticos da direita que também disputarão as eleições municipais de outubro.

Neste sábado, Trump foi ferido por um atirador que estava nas proximidades de um comício em Butler, na Pensilvânia. O homem suspeito de atirar, segundo o FBI, é Thomas Matthew Crooks, de 20 anos.

No vídeo deste domingo, o ex-presidente Bolsonaro afirmou que, quando era presidente, não se falava em marco temporal para demarcação de terras indígenas nem "liberação da maconha e do aborto". "Foi só eu sair que a desgraça, as portas do inferno se abriram para nosso país", declarou.

Os ataques de Bolsonaro a imprensa e a opositores ocorrem dez dias após ele ter sido indiciado pela Polícia Federal na investigação sobre a venda de joias recebidas de presente pelo governo brasileiro.

O ex-presidente foi indiciado sob suspeita dos crimes de associação criminosa (com previsão de pena de reclusão de 1 a 3 anos), lavagem de dinheiro (3 a 10 anos) e peculato/apropriação de bem público (2 a 12 anos).

Outras dez pessoas também foram acusadas pela PF sob suspeita de associação criminosa. Dois pontos da investigação foram crucias para a polícia identificar as digitais de Bolsonaro no caso.

O primeiro é o uso da aeronave da Força Aérea Brasileira para levar as joias e presentes aos Estados Unidos. O segundo, as mensagens indicando o retorno do dinheiro oriundo de vendas, em espécie, para o bolso do ex-presidente.

Na investigação, a PF avançou nos detalhes sobre como o ex-presidente negociou alguns presentes valiosos que havia ganhado como presidente, como joias e relógios.

A apuração também mostrou como Bolsonaro e pessoas próximas a ele tentaram recomprar os itens após a apreensão das joias pela Receita se tornar pública. Bolsonaro devolveu as joias após determinação do TCU (Tribunal de Contas da União).

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