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Eduardo Bolsonaro vota a favor de PEC da Anistia, na contramão de bolsonaristas

Além de PSOL e Novo, dissidentes no PL de Bolsonaro e no PT de Lula deliberaram contra a medida

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Brasília

Além do esquerdista PSOL e do direitista Novo, parlamentares de outras legendas votaram contra a PEC da Anistia apesar de seus partidos orientarem o voto a favor.

A maior dissidência contrária ao projeto, aprovado nesta quinta-feira (11), foi de bolsonaristas do PL, partido que registrou 47 votos a favor da medida e 30, contra na primeira votação.

Apesar disso, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, votou a favor da medida que concede um autoperdão a partidos e que corta a verba eleitoral de negros, entre outras medidas favoráveis às elites políticas do país.

Eduardo Bolsonaro na marcha pró-armas em Brasília - Folhapress

Outro bolsonarista favorável à medida foi Eduardo Pazuello (PL-RJ), ministro da Saúde no governo Bolsonaro.

Veja aqui como cada deputado votou.

A PEC foi aprovada pela Câmara, em primeiro turno por 344 votos a 89.

A medida contou com o apoio do PT de Lula e do PL de Bolsonaro.

No PT, a dissidência foi bem menor. O partido deu em primeiro turno 56 votos a favor da PEC, entre eles o da presidente da sigla, Gleisi Hoffmann (PR), defensora pública da medida.

Só houve quatro contrários no PT: Erika Kokay (DF), Luiz Couto (PB), Tadeu Veneri (PR) e Reginete Bispo (RS).

A PEC ainda precisa ser aprovada ainda pelo Senado. Por ser uma emenda à Constituição, caso seja aprovada pelos senadores ela é promulgada diretamente, sem necessidade de veto ou sanção presidencial.

A PEC tem como um dos objetivos de derrubar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que obriga os partidos a distribuir a bilionária verba de campanha de forma proporcional ao número de candidatos brancos e negros (pretos e pardos).

Isso já vale desde 2020. Na disputa de 2022, por exemplo, os negros deveriam ter recebido 50% da verba eleitoral de R$ 5 bilhões, mas a determinação foi descumprida generalizadamente pelos partidos.

A proposta aprovada agora estabelece uma redação que sofreu diversas modificações nos últimos dias, várias delas feitas nesta quinta-feira.

Pelo texto que acabou sendo votado, os partidos aplicarão 30% dos recursos nas candidaturas de negros —ou seja, reduzindo o percentual de cerca de 50% para 30%.

Para as demais eleições, o projeto diz que os partidos que descumpriram a cota racial em 2020 e 2022 podem compensar essa distorção nas quatro disputas seguintes, de 2026 em diante, escapando assim de punição.

A PEC da Anistia foi apresentada em março de 2023 com a assinatura de 184 deputados, incluindo os líderes do governo, José Guimarães (PT-CE), e da oposição, Carlos Jordy (PL-RJ).

Apesar de dizer que não tem nenhum interesse pessoal na medida, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi o responsável por levar a medida a votação no plenário. Como presidente da Casa, ele não votou.

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