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Bolsonaro se sente mal e vai a hospital antes de ato na avenida Paulista

Ex-presidente mantém ida a protesto convocado contra o STF em São Paulo neste sábado

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São Paulo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se sentiu mal na manhã deste sábado (7) e foi receber atendimento no hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Segundo o entorno do ex-mandatário, ele teve uma gripe e ficou sem voz.

O ex-presidente Jair Bolsonaro em Juiz de Fora (MG) na sexta-feira (6) - Folhapress

Bolsonaro saiu antes do meio-dia do hospital, rumo ao Palácio dos Bandeirantes. Ali, ele almoçaria com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele manteve a ida ao protesto contra o STF (Supremo Tribunal Federal) em São Paulo para a tarde deste sábado.

O hospital ainda não se pronunciou a respeito.

Pela manhã, o ex-mandatário publicou um vídeo nas redes sociais em que confirmava a participação no ato da avenida Paulista e pedia a apoiadores para não irem aos eventos do 7 de Setembro promovidos pelo governo federal.

"Essa semana não é a Semana da Independência. Um país sem liberdade não pode comemorar nada nessa data. Eu peço a vocês que não compareçam a nenhum ato cívico patrocinado por esse governo federal que não tem qualquer compromisso com a nossa liberdade. É um governo voltado para ditaduras, contra aquilo que há de mais sagrado em nosso meio, que é a nossa liberdade."

A manifestação na Paulista neste sábado é insuflada por dois casos recentes envolvendo Moraes. O mais recente foi a decisão de suspender as atividades do X, antigo Twitter, após a empresa não indicar um representante legal no país.

Desde então, o dono da plataforma, o empresário Elon Musk, tem endossado postagens sobre o protesto de sábado. Ele escreveu que o magistrado "deve sofrer impeachment por violar seu juramento de posse".

Outra situação que estimula a manifestação é a série de reportagens publicada pela Folha que revelou atuação atípica do gabinete de Moraes no STF. Auxiliares ordenaram por mensagens e de forma não oficial a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral para embasar decisões do próprio ministro contra bolsonaristas no inquérito das fake news no Supremo durante e após as eleições de 2022.

Nesta sexta-feira (6), data em que o ex-presidente levou uma facada durante um ato de campanha realizado em 2018 em Juiz de Fora (MG), Bolsonaro voltou à cidade para um ato com apoiadores ao lado do filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

No ano passado, primeiro ano do governo Lula (PT), ele não convocou ato para o 7 de Setembro, data que virou um marco durante sua gestão. Ele apenas postou um vídeo com imagens do desfile cívico de 2022, que mostrava uma multidão tomando as ruas de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, com a legenda "Deus, Pátria, Família e Liberdade".

Declarado inelegível pelo TSE até 2030 por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral, o ex-presidente foi indiciado neste ano pela Polícia Federal em inquéritos sobre as joias e a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.

Além desses casos, Bolsonaro é alvo de outras investigações, que apuram os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado democrático de Direito, incluindo os ataques de 8 de janeiro de 2023.

Parte dessas apurações está no âmbito do inquérito das milícias digitais relatado pelo ministro Alexandre de Moraes e instaurado em 2021, que podem em tese resultar na condenação de Bolsonaro em diferentes frentes.

Caso seja processado e condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, Bolsonaro poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos.

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