Siga a folha

Intel evita abraçar terceirização e investiga ataque hacker

Produtos da empresa previstos para 2023 serão produzidos em fábricas próprias

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Bangalore (Índia) | Reuters

O novo presidente-executivo da Intel disse durante divulgação dos resultados da companhia que a maioria dos produtos da empresa previstos para 2023 serão produzidos em fábricas próprias da empresa, mas traçou um futuro de dois caminhos que dependerá mais fortemente das fábricas externas.

A ausência de um apoio mais forte da terceirização pelo novo presidente, Pat Gelsinger, fez com que as ações da companhia caíssem 4,7% após o fim do pregão na quinta-feira (21).

A empresa também afirmou que está investigando o acesso "não autorizado" a alguns de seus resultados e a afirmação na imprensa de que teria sofrido um ataque hacker.

A Intel previu receita e lucro no primeiro trimestre acima das expectativas de Wall Street, continuando a se beneficiar da alta da demanda por computadores gerada pelas medidas de isolamento social.

Pat Gelsinger, novo presidente da Intel - Reuters

Gelsinger disse estar "confiante de que a maioria dos nossos produtos em 2023 será fabricada internamente", embora também tenha dito que o uso de fábricas de chips externas provavelmente aumentará "para certas tecnologias e produtos".

A Intel está considerando desde julho passado abandonar sua estratégia de desenvolver e produzir chips, formando parcerias com empresas externas. Esses parceiros podem ser a Taiwan Semiconductor Manufacturing e a Samsung Electronics. A tecnologia de produção da Intel, chamada de processo de 7 nanômetros, é esperada para 2023.

A decisão da Intel coincide com uma medida de parlamentares dos Estados Unidos que aprovaram uma legislação bipartidária para financiar a fabricação de chips no país. Mas a nova lei ainda não especificou os níveis de financiamento ou destinatários, e o analista da Forrester Research, Glenn O'Donnell, disse que a Intel pode aproveitar a oportunidade para solicitar o apoio do governo dos EUA para a produção nacional.

Impulsionada por um novo processador para computadores, a Intel recuperou algum impulso no mercado de PCs, com os volumes de chips crescendo 33%, ritmo mais rápido do que o aumento de 26% no mercado geral de PCs, de acordo com dados da empresa de pesquisa IDC.

As vendas da unidade de chips para data centers, que impulsionaram o crescimento da Intel nos últimos anos, foram de 6,1 bilhões de dólares, em comparação com estimativas de analistas de 5,48 bilhões, de acordo com dados da FactSet.

Mas as vendas para clientes de computação em nuvem, alguns dos maiores compradores de chips dedicados para data centers, caíram 15% no quarto trimestre. As margens operacionais de chips de data centers foram de 34% no trimestre, abaixo dos 48% do ano anterior.

"Achamos que as margens operacionais (de data center) vão melhorar à medida que nos aproximamos do segundo semestre do ano, quando esperamos uma recuperação nas vendas de chips de computação em nuvem", disse o vice-presidente financeiro da Intel, George Davis.

A empresa também anunciou aumentou de 5% nos dividendos.

A fabricante de chips disse que espera vendas ajustadas no primeiro trimestre fiscal de US$ 17,5 bilhões e lucro ajustado por ação de US$ 1,10, ambos acima do consenso dos analistas, de acordo com dados da Refinitiv.

A receita do quarto trimestre foi de 20 bilhões e o lucro ajustado de US$ 1,52 por ação, também superando as expectativas de Wall Street.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas