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Microsoft compra Activision Blizzard, produtora de 'Call of Duty' e 'Candy Crush', por US$ 75 bi

Gigante da tecnologia mira metaverso na maior aquisição de sua história

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James Fontanella-Khan
New York | Financial Times

A Microsoft fechou acordo para adquirir a produtora de videogames Activision Blizzard por US$ 75 bilhões (R$ 414 bilhões), na maior transação já realizada pela companhia de tecnologia fundada por Bill Gates. O negócio também é o maior da história da indústria dos games.

O acordo inclui a compra de US$ 6,37 bilhões que a Activision tem em caixa, o que ajusta o valor da operação para US$ 68,7 bilhões (R$ 378,2 bilhões).

Sob os termos do acordo, a Microsoft pagará US$ 95 (R$ 522) por ação aos acionistas da empresa responsável por franquias de videogames como "Call of Duty", "Warcraft" e "Candy Crush", um ágio de 45% ante o preço de fechamento dos títulos no final da semana passada.

Essa é a mais recente na onda de transações que está acontecendo no setor de videogames. Na semana passada, a Take-Two Interactive, fabricante da popular série de videogames "Grand Theft Auto", fechou acordo para adquirir a rival Zenga, criadora de "FarmVille" e "Words With Friends", por US$ 12,7 bilhões (R$ 69,9 bilhões).

Cartaz de Call Of Duty exibido na Madrid Games Week, Espanha - Sebastien Berda - 2.out.2015/AFP

A aquisição representa a maior aposta de Nadella desde que assumiu o comando da companhia, em 2014, e faz da Microsoft a terceira maior companhia de jogos do planeta em termos de receita, atrás apenas da chinesa Tencent e da Sony, do Japão, e expande o alcance do grupo de tecnologia, forte na computação pessoal e no software de negócios.

A Microsoft decidiu levar o negócio adiante em um momento no qual as ações da Activision exibiam queda de quase 30%, desde que um processo judicial foi aberto contra a companhia em julho, com acusações de assédio sexual sistemático e de disparidades salariais entre os gêneros.

Bobby Kotick, presidente-executivo da Activision Blizzard, cuja remuneração total de US$ 155 milhões (R$ 855 milhões) em 2020 gerou protestos de alguns investidores em junho, continuará a comandar a divisão.

Kotick, um dos presidentes de empresas mais bem pagos dos Estados Unidos, deve lucrar centenas de milhões de dólares com a aquisição anunciada na terça-feira (18).

De acordo com o documento preparatório da Activision para sua assembleia geral de acionistas em 2020, Kotick teria um lucro de US$ 239 milhões (R$ 1,3 bi) caso a empresa viesse a ser adquirida, tendo por base principalmente o exercício de suas opções de ações.

A decisão de manter Kotick no posto vem depois de ele ter admitido que a resposta inicial da empresa à revelação de casos de assédio foi "insensível".

A companhia demitiu 20 empregados em outubro como parte de um esforço para corrigir sua cultura depois de acusações de discriminação de gênero e assédio generalizados.

Em um e-mail enviado aos empregados da empresa na terça-feira (18), Kotick escreveu que "não há organização, e isso inclui a nossa, em que a cultura não precise de melhora, e graças à contribuição de vocês estamos avançando na melhora de nossa cultura. Meu compromisso é para com continuar a melhorá-la para que, quando chegar a hora de concluirmos a transação, a Microsoft esteja adquirindo um lugar de trabalho exemplar".

As ações da Activision mostravam alta de 37% em operações anteriores à abertura dos mercados, depois do anúncio da transação. A companha anunciou que as duas partes estavam em busca de aprovação das autoridades regulatórias, e que a tomada e controle deve ser concluída em algum momento do ano fiscal da Microsoft que se encerra em 30 de junho de 2023.

Tradução de Paulo Migliacci

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