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Mundo deve bater 1 bi de conexões 5G ao final do ano

Relatório aponta salto em países em desenvolvimento, entre eles o Brasil, com demanda reprimida da pandemia

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Barcelona

O total de conexões 5G realizadas no mundo deve atingir a marca simbólica de 1 bilhão em no fim deste ano, dobrando a marca atingida em 2021, e chegando a 1,8 bi em 2025, valor que equivale a um quinto das conexões globais.

É o que aponta projeção do relatório "Mobile Economy 2022" (ou "Economia Móvel 2022") da GSMA, entidade que congrega as empresas de telecomunicação.

O estudo foi divulgado nesta segunda-feira (28) na esteira do Mobile World Congress (MWC) 2022, principal evento do setor, organizado pela GSMA, que acontece nesta semana em Barcelona.

Robô "5G Barman" em estande da empresa espanhola Telefónica no MWC 2022 - Albert Gea/Reuters

A análise contou um total de 70 mercados e 176 operadoras com ofertas 5G, ou 20% das empresas globalmente. A previsão é que a alta da quinta geração de telefonia móvel permaneça até 2025 –ano em que a projeção acaba.

"Tivemos uma alta de 40% no tráfego móvel só no ano passado", disse Mats Granryd, diretor-geral da GSMA, na palestra de abertura do MWC.

O 5G permitirá conexões de celular com velocidades até cem vezes mais rápidas que atuais, e com latência (tempo de resposta no tráfego de uma informação) menor. As antenas dessa geração comportam um número maior de dispositivos simultâneos, o que torna possível aplicações de internet das coisas.

O 4G, por sua vez, vive beira o pico de sua fatia de mercado e chegará ao topo, 60%, em 2023. Segundo o estudo da GSMA, cerca de 55% das conexões móveis hoje passam por essa tecnologia. O número deve ir para 57% em 2025, com o avanço da versão mais nova.

O encolhimento acontece principalmente pelo fato de o pico do 4G ter sido atingido em alguns mercados líderes no 5G, como China, Coreia do Sul e EUA. Em outras regiões, principalmente aquelas em desenvolvimento, as conexões de quarta geração ainda têm espaço para crescer.

A pandemia não afetou o crescimento do 5G, aponta a análise. Na verdade, em alguns casos, ajudou.

"Operadoras agilizaram os lançamentos de redes de telefonia, com elas próprias e governos querendo aumentar a capacidade em momento de alta na demanda", diz o texto.

Com a chegada do 5G à América Latina e à África subsaariana, ela está em todas as regiões no mundo. A entrada de países em desenvolvimento neste mercado ajudou a impulsionar essa modalidade de conexões. Nessas localidades, no entanto, o custo é ainda o entrave, tanto na compra de aparelhos móveis capazes de se conectar à rede quanto nos planos em si.

No Brasil, a expectativa é que o 5G "puro" (em redes construídas exclusivamente para essa tecnologia) custe R$ 250 por mês na chegada, em 2023.

Na América Latina, a previsão é que o número de pessoas conectadas continue a crescer e vá de 450 milhões (fim de 2021) para 485 mi em 2025 (ou 73% da população). Metade dessa alta será de novos usuários no Brasil ou no México.

No período, o 4G ainda deve ser dominante e corresponder a 70% das conexões em 2025. O 5G, no entanto, ganha força, apesar de só ter presença em redes comerciais na Colombia, no Peru e no Brasil.

BRASIL

Hoje, aponta o relatório, cerca de 80% das conexões móveis são pela rede 4G no país, o maior mercado de telefonia móvel da América Latina. Em 2025, o valor deve permanecer praticamente inalterado, mas o 5G abocanha os 20% restantes –hoje, dividido entre as gerações mais antigas.

Expandir a conexão 4G é parte das contrapartidas exigidas pelo governo federal no leilão das frequências que permitem a implementação do 5G no país, que teve Claro, Vivo e Tim como grandes vencedoras.

Até agora, doze capitais estão prontas para receber o 5G, segundo o Ministério das Comunicações. A cobertura já chega a 15 cidades com a Claro e a 8 com a Vivo, aponta o relatório da GSMA.

O jornalista viajou a convite da Huawei.

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