Siga a folha

Descrição de chapéu The New York Times

Como um viajante solitário pode fazer amigos

Turista tem à disposição aplicativos para encontrar companhia e hostels que promovem atividades em espaços coletivos

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Aric Jenkins
Nova York | The New York Times

Conhecer outra cultura sozinho, no seu ritmo e com o orçamento de sua escolha pode ser uma aventura compensadora. E há quem talvez se preocupe com a segurança ou com o período de solidão em um local desconhecido e nada familiar.

Apesar da situação, os aspirantes a viagens solo sabem que não estarão sozinhos o tempo todo. Há comunidades locais com as quais é possível interagir, além de outros turistas em situação semelhante.

Relatório publicado em 2016 pela Phocuswright, empresa que faz pesquisas sobre viagens, constatou que 72% dos hóspedes de hostels nos Estados Unidos estavam sozinhos. 

O Airbnb registrou dados semelhantes. Cidades como Ho Chi Minh (Vietnã), Colônia (Alemanha) e Joanesburgo (África do Sul) tiveram mais de 130% de alta em reservas para viagens individuais na plataforma em 2016.

Com o aumento de popularidade nesse segmento, há opções para interagir com outros visitantes —é tudo uma questão de se colocar na posição certa para isso.

Airbnb oferece experiências organizadas por locais

A plataforma é mais conhecida pela hospedagem, mas também quer oferecer programas nos destinos.

O Airbnb Experiences, lançado em 2016, conecta viajantes e guias locais, que os levam para atividades variadas, de excursões a visitas a bares e aulas de artesanato.

Qual é o atrativo? A ferramenta pode ser uma maneira divertida de se misturar com outros turistas e, ao mesmo tempo, conseguir dicas de moradores bem informados. 

O preço dessas experiências, no geral, inclui custos como transporte, comida, bebida e equipamento. As páginas de reserva na plataforma têm informações sobre o guia e quais itens ele fornecerá para o passeio, além de avisos sobre o que o usuário terá de levar consigo para atividades específicas, como roupas ou dinheiro adicional (para presentes, por exemplo).

Na hora de reservar, é preciso exercitar a mesma cautela envolvida na escolha de acomodações.

Leia a descrição completa da atividade e preste atenção nas resenhas e avaliações (o Airbnb tem ícones parecidos com pequenos troféus visíveis nas páginas, caso a experiência tenha recebido classificação cinco estrelas de determinado número de pessoas). 

Se o viajante tiver dúvidas, o Airbnb o coloca em contato com o organizador, por meio de seu serviço de mensagens, mesmo que o passeio não tenha sido reservado.

Aplicativos conectam turistas com interesses similares

Para quem prefere se conectar diretamente com outros viajantes, há diversos aplicativos projetados para uso específico em viagens. 

O Travello, disponível gratuitamente para o iOS e Android, permite localizar outros turistas nas proximidades, planejar itinerários conjuntos e entrar em grupos que tenham interesses semelhantes. Também é possível postar fotos e outras atualizações.

O Tourlina, também disponível gratuitamente para o iOS e Android, é exclusivo para mulheres e funciona de modo bem semelhante a um aplicativo de encontros: a usuária seleciona potenciais companheiros de viagem com base em itinerários ou agendas.

As mulheres também podem usar o recurso BFF, do aplicativo de encontros Bumble, para identificar companhias no destino. 

Como qualquer outro primeiro encontro marcado pelas mídias sociais, é preciso ter cuidado na hora de encontrar a pessoa na vida real.

O Travello tem um recurso de bloqueio e denúncia, caso alguma interação seja inapropriada, e as queixas podem resultar em exclusão imediata da plataforma.

Hostels facilitam contato entre hóspedes

Em um mundo cheio de hotéis hospitaleiros e acomodações autênticas no Airbnb, por que alguém ficaria em um hostel? 

Há dois motivos: os hostels são baratos e facilitam a interação. Há dormitórios em estilo universitário, com salas e cozinhas coletivas, e às vezes um bar ou café.

É um ambiente ideal para conhecer outros viajantes, e as equipes dos estabelecimentos estão cientes disso —alguns de seus membros organizam excursões pela cidade ou visitas a bares, para incentivar o convívio entre os viajantes. Outros promovem noitadas de jogos, nas áreas comuns dos hostels, ou jantares.

Os sites mais populares para reservas incluem hostelworld.com, hostelz.com, hostels.com e hostelbookers.com.

Todos eles oferecem resenhas e informações detalhadas sobre a estrutura e a localização. Os viajantes solo novatos podem considerar ficar perto do centro da cidade, uma opção mais conveniente e segura. 

Na hora de pesquisar, é preciso prestar atenção naqueles hostels que facilitam as atividades e, ao mesmo tempo, promovem a segurança individual. As mulheres, por exemplo, podem escolher ficar em alojamentos femininos.

Os hostels talvez representem uma forma essencial de viagem para os jovens, mas é possível encontrar hóspedes de todas as idades e formações nesses lugares.

E embora a imagem do mochileiro solitário saltando de hostel em hostel perdure há décadas, os dados sugerem que essa tendência está se tornando mais popular.

Tradução de Paulo Migliacci

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas