Vidas Atípicas

Em busca de respostas para dúvidas profundas e inesgotáveis sobre o autismo

Vidas Atípicas - Johanna Nublat
Johanna Nublat
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Cartilha apoia pais frente à suspeita de autismo

Material explica o que é o transtorno, aponta para tratamentos com base científica e oferece acolhimento

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Johanna Nublat

É comum que pais que suspeitem de autismo nos filhos tenham dúvidas sobre o que é o transtorno, sintam medo e angústias, não saibam o que fazer ou esperar, nem quais as melhores terapias disponíveis.

Para responder a esse complexo momento, pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) lançaram, esta semana, a cartilha "Minha criança tem características de autismo: o que fazer?".

Página com texto e a ilustração de uma criança segurando uma peça do quebra-cabeça
Cartilha traz informações sobre o autismo e apoio a pais frente à suspeita do transtorno - Divulgação

O material traz informações sobre os marcos de desenvolvimento na primeira infância, explica o que é o autismo e sua prevalência estimada, combate fake news -- como a que vacinas causam autismo ou que autistas vivem em seu próprio mundo --, alerta contra tratamentos sem evidência científica, insta os pais a agirem rápido e indica as terapias que comprovadamente funcionam no caso do autismo.

Um QR Code na cartilha ainda leva os interessados para um drive do PRAIA (Programa de Atenção Interdisciplinar ao Autismo, da UFMG) com artigos e outros materiais mais aprofundados.

O material também tem um tom afetivo.

Feita por duas mães de autistas, um pai de autista e uma autista, a cartilha traz cartas escritas de mãe para mãe, de pai para pai, e de autista para pais sobre como enfrentar o momento do diagnóstico e a vida.

As cartas foram gravadas e, a partir de QR Codes presentes na cartilha, podem ser ouvidas no Spotify.

"O Transtorno do Espectro Autista é ainda muito atravessado por desconhecimento e desinformação. A proposta da cartilha é gerar acesso ao que a ciência já mostrou que é seguro, em linguagem acessível, para intervenções com pessoas autistas, bem como apresentar os sinais de autismo nas crianças e desconstruir mitos. Além disso, como vivemos o autismo no cotidiano, queremos gerar acolhimento às famílias, para que vejam que não estão sós, e mostrar também o potencial no TEA, não só os desafios, para que o momento do diagnóstico não seja tão sofrido, ainda que sem negarmos que existirão desafios", diz Maria Luísa Nogueira, professora de Psicologia da UFMG, uma das autoras do material e mãe de um pré-adolescente autista.

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