Lançamento de telescópio espacial James Webb é adiado após incidente

Cientistas querem usar o equipamento, o maior e mais potente já construído, para ver as primeiras estrelas e galáxias formadas

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Washington | AFP

O lançamento do telescópio espacial James Webb (JWST), que segundo astrônomos propiciará uma nova era de descobertas, foi adiado de 18 para 22 de dezembro após um "incidente" na plataforma na Guiana Francesa, informou a Nasa nesta segunda-feira (22).

Os técnicos se preparavam para acoplar o James Webb ao "launch vehicle adapter", usado para inserir o telescópio de US$ 10 bilhões na parte superior de um foguete Ariane 5.

Em uma sala, está exposto um telescópio espacial
Telescópio espacial James Webb - Jody Amiet - 5.nov.2021/AFP

"Um súbito desprendimento inesperado de uma argola de sujeição, que fixa o Webb ao launch vehicle adapter, causou uma vibração através do observatório", explicou a agência espacial americana, destacando que o incidente ocorreu enquanto as operações eram realizadas "sob a responsabilidade geral da Arianespace".

A Arianespace é uma empresa francesa, contratada para o lançamento do telescópio.

Uma investigação da Nasa visa a determinar como ocorreu e testes são realizados para "determinar com certeza que o incidente não danificou nenhum componente".

O telescópio vai orbitar em volta do Sol, a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, muito além dos limites de seu irmão mais velho, o Hubble, que opera a 600 km de altitude desde 1990.

Os cientistas querem usar o telescópio James Webb, o maior e mais potente já construído, para olhar para trás no tempo mais de 13,5 bilhões de anos e ver as primeiras estrelas e galáxias formadas, 100 milhões de anos após o Big Bang.

Apresentado como o sucessor do Hubble, o JWST foi construído nos Estados Unidos, sob a direção da Nasa, e incorpora instrumentos das agências espaciais da Europa (ESA) e do Canadá (CSA).

Uma de suas características principais é a sua habilidade para detectar o infravermelho, pois quando a luz dos primeiros objetos chega aos nossos telescópios, se deslocou para o extremo vermelho do espectro eletromagnético como resultado da expansão do universo.

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