Descrição de chapéu dinossauro

Meteorito abriu enorme cratera na Groenlândia há 58 milhões de anos

Rocha atingiu local 8 milhões de anos após asteroide exterminar dinossauros

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Will Dunham
Washington | Reuters

Uma imensa cratera no noroeste da Groenlândia, enterrada sob uma espessa camada de gelo e vista pela primeira vez em 2015, é muito mais antiga do que se suspeitava –formada por um impacto de meteorito há 58 milhões de anos, em vez de 13 mil anos atrás.

Cientistas disseram nesta quarta-feira (9) que usaram dois métodos diferentes de datação em areia e rocha que sobraram do impacto para determinar quando a cratera –com cerca de 31 quilômetros de largura– foi formada.

Local onde cientistas estudaram a idade da cratera de impacto na Groenlândia, em 2019 - Pierre Beck/via Reuters

Eles descobriram que o meteorito –com cerca de 1,5 a 2 km de diâmetro– atingiu a Groenlândia cerca de 8 milhões de anos depois que um impacto de asteroide maior na Península de Yucatán, no México, exterminou os dinossauros.

A cratera fica abaixo da Geleira Hiawatha da Groenlândia, coberta por uma camada de gelo de 1 km de profundidade. Ela permaneceu sem ser detectada até que dados de radar alertaram os cientistas sobre sua existência.

É uma das 25 maiores crateras de impacto conhecidas da Terra. Ao longo das eras, a Terra foi atingida por rochas espaciais inúmeras vezes, embora mudanças graduais na superfície do planeta tenham apagado ou obscurecido muitas das crateras.

A Groenlândia na época –durante a época do Paleoceno– não era o lugar gelado que é hoje e, em vez disso, era coberta por florestas tropicais temperadas, povoadas por uma variedade de árvores e habitadas por alguns dos mamíferos que se tornaram os animais terrestres dominantes da Terra depois que os dinossauros foram extintos.

Cientistas estudam idade de cratera na Groenlândia, em 2019 - Shfaqat Abbas Khan/Handout via Reuters

O meteorito liberou milhões de vezes mais energia do que uma bomba atômica, deixando uma cratera grande o suficiente para engolir a cidade de Washington.

"O impacto teria devastado a região local", disse o geólogo do Museu Sueco de História Natural Gavin Kenny, principal autor da pesquisa publicada na revista Science Advances.

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