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cida santos

 

01/07/2012 - 13h16

A força dos EUA e a evolução do Brasil

DE SÃO PAULO

Com o fim do Grand Prix de Vôlei, já dá para tirar pelo menos duas conclusões: a seleção brasileira está evoluindo, já dá para a gente se animar, e vai ser difícil parar os Estados Unidos nos Jogos Olímpicos. Eles estão com um timão. Foram campeões invictos do Grand Prix, com 14 vitórias. Na fase final, deixaram cinco titulares na Califórnia, jogaram com as reservas e voltaram a ganhar de todo mundo, inclusive do Brasil, que ficou com a medalha de prata. A Megan Hodge, a melhor jogadora do torneio e a maior pontuadora, é reserva.

Na última rodada, a seleção brasileira venceu a Turquia, comandada pelo brasileiro Marco Aurélio Motta, por 3 sets a 1 (25/21, 23/25, 25/20 e 25/15). Mais uma vez, a Thaísa foi a melhor jogadora do time. Foi a única brasileira na seleção do Grand Prix. Foi eleita o melhor bloqueio do torneio. Marcou 19 pontos, 11 de ataque, 5 de bloqueio e 3 de saque. Só fez menos pontos do que a oposto turca Neslihan Darnel, com 20 pontos. Detalhe: o Brasil vai estrear na Olimpíada contra a Turquia, medalha de bronze no Grand Prix.

Mais uma vez também o bloqueio brasileiro fez a diferença. Foram 22 pontos nesse fundamento contra 10 das turcas. A Fabiana foi um paredão na rede, com sete pontos. O que preocupa no Brasil é a concentração. Em determinados momentos dos jogos, o time cai muito de rendimento. O ataque ainda peca pela falta de agressividade e a seleção perde muitos contra-ataques.

O técnico José Roberto Guimarães manteve pelo terceiro jogo consecutivo as três novas titulares: a levantadora Fernandinha, a ponteira Fernanda Garay e a central Adenízia. Das três, a única que não permaneceu até o fim do jogo foi a Adenízia, que foi substituída pela Fabiana no terceiro set. A outra ponteira, a Jaqueline, entrou no segundo set, mas no lugar da Paula Pequeno. O restante do time titular foi formado pela oposto Sheilla, a central Thaísa e as líberos Fabi e Camila Brait, que se revezaram em quadra. Fabi cuida da recepção e Camila da defesa.

Fernandinha não arrisca tanto como a Fabíola, mas joga com velocidade e tem muita precisão. Está cada vez mais entrosada com as jogadoras e o time tem atuado bem com ela. Pelo que dá para perceber, Fernandinha está ganhando a posição de titular e a Fabíola deve ser a segunda opção. A Dani Lins, a levantadora que menos jogou no Grand Prix, deve ficar fora dos Jogos Olímpicos. A grande dúvida agora é se o técnico vai levar ou não duas líberos para Londres. Em caso positivo, terá que relacionar só três ponteiras já que na Olimpíada só podem ser inscritas 12 atletas. Um problemão para o Zé Roberto.

O técnico ainda tem mais um torneio para fazer os últimos testes antes da definição do time para a Olimpíada. A seleção vai disputar a Yeltsin Cup. A estreia será quarta-feira contra a Itália, que deve jogar com a equipe principal. No Grand Prix, o técnico Massimo Barbolini poupou suas principais jogadoras. Na quinta-feira, o jogo será contra a Polônia; na sexta, contra Cuba; e no sábado, contra as russas, as atuais bicampeãs mundiais.

A seleção americana, que conquistou o terceiro título seguido do Grand Prix, não vai participar desse torneio. Vai treinar na Califórnia e disputar uma série de amistosos contra a Bulgária antes de viajar para Londres. O técnico McCutcheon terá a volta das cinco titulares: a levantadora Lindsey Berg, a oposto Destinee Hooker, a central Foluke Akinradewo, e as ponteiras Jordan Larson e Logan Tom.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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