Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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São Paulo e Bahia têm uma tarde de Ferreirinha

O atacante são-paulino viveu tarde goleadora e com uma jogada espetacular

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Que belo clássico disputaram os tricolores de São Paulo e da Bahia no Morumbi, desequilibrado por Ferreirinha, ex-tricolor gaúcho.

Nada indicava uma vantagem de 2 a 0 para os paulistas no primeiro tempo, tamanho o equilíbrio da partida.

Mas tocaram a bola no Calleri e o argentino fez 1 a 0 para, em seguida, dois minutos depois, Ferreirinha fazer belíssimo tento e ampliar a vantagem.

Imagem do jogo. Ao centro da imagem, o goleiro tem os braços e as pernas abertas, no ar, enquanto observa a bola passando, à esquerda. Do lado direito da imagem, o atacante, em pé, tem o corpo contorcido após o chute
Ferreirinha (à dir.) marca seu gol no confronto entre o São Paulo e o Bahia pelo Campeonato Brasileiro, neste domingo (30), no Morumbis - Carla Carniel/Reuters

Visitante ir para o intervalo derrotado por 2 a 0 e reagir não é para qualquer um.

Pois o Bahia não é qualquer um e logo no começo do segundo tempo Gilberto descontou.

O São Paulo sentiu e avisou os quase 50 mil torcedores nas arquibancadas que eles iriam sofrer. E sofreram.

Até que Ferreirinha aprontasse um salseiro na área baiana e permitisse a Luciano, que lhe dera o passe para o gol, fazer o 3 a 1 do alívio, quando o empate parecia iminente. Dessas jogadas que marcam um jogo, que fazem o torcedor se referir ao São Paulo x Bahia do Ferreirinha, o driblador.

Aí o Bahia ruiu e sofreu novo golaço, de Calleri, mas em impedimento.

Não faz mal.

Era jogo de seis pontos entre os baianos em terceiro lugar e os paulistas já costeando o G4.

Pensar que poucos jogos atrás, contra Cuiabá e Vasco, duas derrotas são-paulinas, havia torcedor que fazia cálculos para evitar rebaixamento…

Dérbi redentor

Para o Palmeiras, vencer o Corinthians nesta noite é obrigatório e fará esquecer o 3 a 0 sofrido em Fortaleza.

Para o Corinthians, a vitória soará como redenção a tal ponto que mesmo diante do rival todo desfalcado permitirá, ao menos em campo, respirar novos ares.

Porque fora de campo nada dará jeito enquanto estiverem no comando os que estão e os que já estiveram.

Euro de matar

Por enquanto, só um papão do futebol mundial, a tetracampeã Itália, 10ª colocada no ranking da Fifa, está fora das quartas de final da Eurocopa, eliminada pela Suíça (19ª) por 2 a 0.

A Alemanha (16ª), também tetra, passou a duras penas pela Dinamarca (21ª), graças ao VAR que pegou o bico da chuteira de atacante dinamarquês para anular o que seria o 1 a 0, e a Inglaterra até agora não sabe bem como eliminou a Eslováquia de virada por 2 a 1.

A Itália, última campeã da Euro, vive tempos surpreendentes, depois de ficar fora das duas últimas Copas do Mundo.

Como escreveu Walter Casagrande Júnior, até o tradicional sistema tático da Azzurra desmilinguiu-se, e o time acabou presa fácil para os suíços.

A Alemanha, em casa, teve a ajuda do VAR porque a lei do impedimento ainda é a mesma de antes do surgimento da ferramenta tecnológica, com o que seu espírito, o de evitar vantagem indevida do atacante, tem sido conspurcado diariamente.

E a Inglaterra, rara leitora e raro leitor, acabou salva graças a um velho veículo de duas rodas, a tal bicicleta com que Jude Bellingham compareceu no derradeiro minuto do jogo com a Eslováquia (45ª).

O jogador ao centro da imagem está na horizontal, flutuando no ar, apoiado apenas com a mão esquerda no chão. Sua perna esquerda está paralela ao chão, e a direita, perpendicular. A bola voa à direita, enquanto outros jogadores observam
Jude Bellingham faz gol de bicicleta na vitória da Inglaterra sobre a Eslováquia na Euro-24 - Ina Fassbender /AFP

No minuto seguinte, já na prorrogação, Harry Kane compareceu de cabeça mesmo e virou o resultado para botar ingleses e suíços frente a frente nas quartas de final.

Até a Espanha (8ª), com as melhores atuações até agora, sofreu com a Geórgia (74ª), ao sair atrás e ter de virar para 4 a 1. A Alemanha que se cuide nas quartas.

A Euro emociona desde a fase de grupos, diferentemente da Copa América que esquenta mesmo a partir das quartas de final.

Teremos dias quentes pela frente.

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