Julio Abramczyk

Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).

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Julio Abramczyk

Jejum tem sido reduzido no preparo de pacientes para cirurgias

Considerava-se o período de 12 horas; hoje já chega a 2 horas em alguns casos

O período de jejum para os pacientes de uma operação eletiva, a cirurgia que pode ser programada sem urgência, está sendo reduzido.

Antigamente, considerava-se o período de 12 horas para esvaziar o conteúdo gástrico. O clorofórmio, anestésico empregado por longo tempo nas operações e há anos abandonado, podia provocar vômitos e consequente risco de aspiração com possíveis graves consequências.

Refeição em hospital; um dos pratos tem verduras, arroz e feijão; o outro tem uma salada e o terceiro tem uma fruta
Jejum antes de cirurgias está sendo repensado - Danilo Verpa/Folhapress

Os benefícios clínicos e as atuais recomendações para o jejum no pré-operatório são analisados em artigo de revisão da pesquisadora Samara B. Gomes Campos e colaboradores, da faculdade de nutrição da Universidade Federal de Alagoas. O estudo foi publicado na revista Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva. 

Segundo os autores, a literatura médica mostra que a abreviação do jejum com bebida enriquecida com carboidratos até 2 horas antes da operação pode trazer benefícios funcionais e redução no tempo de hospitalização, sem risco de broncoaspiração.

Por outro lado, o jejum prolongado, por fatores clínicos e metabólicos, pode colocar em risco a recuperação pós-operatória dos pacientes.

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