Laura Muller

Psicóloga clínica, comunicadora e especialista em educação sexual. É autora de 'Educação Sexual em 8 Lições - Como Orientar da Infância à Adolescência', entre outras obras.

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Descrição de chapéu Todas Dia dos Namorados

Passou mais um Dia dos Namorados, e está tudo bem

Para lidar com o sofrimento que essa história toda traz, a primeira coisa é você não se diminuir demais

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Esta semana teve o Dia dos Namorados, uma data criada pelo comércio e que a gente embarca de corpo e alma para comemorar. Mas há quem esteja sem um par, e fique muito mal com isso tudo. Se você faz parte desse time, ou se já fez em algum Dia dos Namorados, essa coluna é especialmente para casos como o seu.

Está tudo bem não ter namorado no Dia dos Namorados. Ou em qualquer dia do ano. Não é todo mundo que está namorando neste exato momento. Há quem já namore há um tempão, quem tenha começado mais recentemente, mas também quem terminou o namoro e até mesmo quem nunca namorou. E está tudo bem!

Uma série de cadeados em forma de coração, com o primeiro em destaque exibindo a inscrição "I Love You", estão presos a um cabo de aço. O fundo desfocado em tons de verde sugere um ambiente ao ar livre, talvez um local público.
Não precisa se desesperar se você está sozinho nesse Dias dos Namorados - Engin Akyurt/Unsplash

Quando digo que está tudo bem, a ideia não é diminuir a dor de quem gostaria de estar namorando, mas não está. É apenas pra gente entender que a vida tem ciclos, tem altos e baixos, tem fases variadas e etapas em que o quesito amor não está tão em alta assim. Fazem parte da vida todas essas mudanças, essas transformações. Nem você nem ninguém precisam sofrer além da conta por isso.

Muito menos se sentir a última das pessoas depois de ter vivenciado mais um Dia dos Namorados com uma enxurrada de postagens nas redes sociais de casais parecendo estar mais felizes do que nunca. Muitos deles talvez estejam superfelizes mesmo. Outros, nem tanto. E está tudo bem também!

Deu para perceber a ideia que estou tentando desenvolver por aqui hoje? É, em linhas gerais, a seguinte: que a felicidade a dois tem altos e baixos, que perfeição não existe (a gente fala sempre disso por aqui na coluna) e que você não precisa se cobrar tanto, muito menos se sentir um lixo porque passou um (ou mais de um) Dia dos Namorados sem ter um par.

E como é que faz para lidar com o sofrimento que essa história toda traz?

Vamos por parte. A primeira coisa é você não se diminuir demais. O próximo passo é se abrir para o flerte, os possíveis encontros, os bate-papos, as risadas e tudo o mais que a vida possa oferecer de divertido. Ou seja, tentar parar de olhar fixamente para baixo, numa atitude de tristeza, e buscar olhar mais para os lados, numa atitude de se abrir às possibilidades de encontro amoroso.

E se não der certo imediatamente? Calma. Não se cobre tanto nesse ponto também. Colocar pressão nas coisas do coração não costuma ser uma boa escolha. Em vez disso, vá se divertindo pelo caminho, sorrindo para a vida e para as possibilidades, se permitindo experimentar os encontros, e flertar muito com isso tudo.

Essa abertura pode ser transformadora. E não custa tentar, não é mesmo? Então, que tal deixar o clima ruim de lado e se encorajar para novas vivências? Afinal, Dia dos Namorados tem toooodo ano... E, no fundo, você pode comemorar o amor em qualquer dia que seja.

Até a próxima coluna.

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