O segmento do turismo no estado de São Paulo fechou o ano passado com saldo negativo de 1.292 empregos. Apesar da piora, o resultado é o melhor desde 2014. Os dados são da FecomercioSP (federação do setor).
O estoque de vagas encerrou o ano com 275,8 mil postos de trabalho, queda de 0,5% em relação ao registrado em dezembro de 2016. Foi a menor retração mensal desde agosto de 2015.
“Os dados são negativos principalmente por conta dos resultados do primeiro trimestre, quando houve 1.800 demissões. Números mais recentes apontam para estabilização”, diz Jaime Vasconcellos, economista da entidade.
A área de transportes foi a que mais demitiu (1.931 pessoas no ano). Dessas, 890 foram fechadas no setor aéreo.
O destaque positivo foi o ramo de eventos, que gerou 656 empregos, influenciado principalmente pela realização de congressos e feiras na capital. Na sequência aparecem as agências de viagens, com 448 contratações.
“Tivemos o primeiro ano bom desde o início da crise, mas ainda não recuperamos os níveis de emprego de 2014. Os empresários têm buscado operar com menos gente”, diz Edmilson Romão, presidente da Abav-SP (do setor).
As agências paulistas cresceram 12% em faturamento em 2017 e a estimativa é que a alta se repita em 2018.
“Se a receita subir no ritmo esperado, precisaremos de mais mão de obra”, afirma.
Exportação de calçados começa 2018 em baixa, diz entidade
A exportação brasileira de calçados teve um início de ano ruim, segundo Heitor Klein, presidente da Abicalçados, associação que representa os fabricantes.
As vendas externas no primeiro bimestre tiveram uma leve variação positiva de 0,5% em volume, mas caíram 3,2% em faturamento.
“Esse resultado provavelmente é fruto do tipo de produto que é embarcado. Houve uma participação maior dos calçados com preços mais baixos, como sandálias.”
O movimento é diferente do que foi observado no ano passado. Houve um aumento de 9,3% em receita em 2017.
A expectativa para os dois primeiros meses deste ano já não era muito positiva porque os embarques que ocorrem agora são fruto de negociações em setembro e outubro, e elas não foram animadoras, diz Klein.
“Não temos nenhuma previsão de como o mercado vai se mover. A situação ainda não melhorou. Tivemos duas feiras importantes há pouco na Europa e não houve grande movimento de negócios.”
Cerveja no vinho
O grupo W2W, de ecommerce de bebidas, investirá R$ 50 milhões de recursos próprios nas áreas de tecnologia e de atendimento ao cliente, afirma o CEO, Rogério Salume.
Além das plataformas Wine e Vinho Fácil, a empresa lançou neste mês a Beer —resultado da fusão entre a WBeer, braço de cervejas da companhia, e a concorrente CluBeer.
A nova empresa possui cerca de 100 mil clientes ativos, segundo o executivo. “Com a compra da concorrente, passamos a concentrar 75% do mercado de assinaturas de cerveja do país” diz Salume.
Safra online
Ampliação de estoque, aumento do número de rótulos e captação de novos clientes são as prioridades da Evino, ecommerce de vinhos, para 2018.
Essas ações receberão R$ 50 milhões provenientes do próprio caixa, e cem funcionários serão contratados.
Para reduzir custos e o preço final dos produtos, a empresa adota um modelo de importação sem intermediários.
“Vamos direto nas vinícolas para negociar e trazer os rótulos ao Brasil” afirma Olivier Raussin, CEO. A prática permite que grande parte do portfólio seja exclusivo, diz.
De saída
O Plano de Demissão Voluntária (PDV) do Metrô, encerrado em dezembro passado, custou R$ 207 milhões, e teve a adesão de 1.044 pessoas. A companhia tem 9.134 mil funcionários.
“Praticamente não houve benefício, no máximo, foram quatro anos de plano para quem trabalha no Metrô há mais de 40 anos”, diz o presidente Paulo Menezes.
O mínimo foram seis meses de assistência médica para contratados com tempo de casa entre seis e dez anos.
Comida... O comércio online de alimentos e bebidas superou R$ 1 bilhão de faturamento em 2017. A marca colocou a categoria pela primeira vez no ranking das dez mais vendidas, diz a Ebit.
...na linha Foram mais de 4,45 milhões de pedidos —4% do total do ano e 2,2% do volume financeiro, segundo o relatório que a empresa divulgará no próximo dia 8.
Franquias A OakBerry, rede que vende açaí, vai abrir 14 unidades nos próximos 45 dias. São hoje 35 lojas em São Paulo, Rio e Minas.
Dinheiro... A Sky.One, especializada em computação em nuvem, recebeu aporte de R$ 22,5 milhões da gestora de fundos Invest Tech.
...em nuvem O recurso será aplicado na internacionalização da empresa e no desenvolvimento de produtos para o mercado corporativo.
com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi, Ivan Martínez-Vargas e Diana Lott
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