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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Atraso devido à análise da Anvisa piora, dizem importadores

Liberação de cargas de produtos médicos tem tido atrasos crescentes

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A análise pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de produtos médicos importados tem gerado atrasos crescentes na liberação das cargas, segundo a Abraidi (de importadores do setor).

O problema já havia sido notado há pelo menos dois meses em algumas categorias, principalmente na parte de diagnósticos in vitro.

A CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial) e outras entidades atribuem os prazos maiores a uma transição para os novos processos de liberação, idealizados para reduzir a burocracia e agilizar o desembaraço.

Mulher manipula tubos de ensaio em laboratório
Categoria de diagnósticos in vitro foi uma das primeiras a sentir os efeitos do longo tempo de análise da Anvisa - Luiz Carlos Murauskas - 12.dez.2002/Folhapress

Houve um agravamento da situação desde agosto e uma expansão para outros dispositivos, como próteses e stents, segundo Bruno Bezerra, diretor-executivo da Abraidi.

O tempo máximo de petições na fila estava em 23 dias úteis na última terça (11). O número, porém, não considera os processos mais rápidos e mais lentos, só os 90% que estão no meio, diz ele.

“Temos associados com cargas que aguardam análise há 40 dias úteis”, afirma.

“Muitas empresas mantinham um estoque para 13 dias úteis. Isso levou à falta de alguns itens em locais como Bahia, Espírito Santo e Rio."

Procurada, a Anvisa diz que implementa um deferimento simplificado que deverá ter efeito nas próximas semanas.

“Contudo, principalmente nos produtos para a saúde, temos observado um aumento considerável no número de petições de processos de importação”, diz o órgão.

“Diante disso, a Agência já abriu edital interno para seleção de novos servidores.”

 

GM obtém liminar para reaver 323 carros não pagos por Pimentel

A 3ª Vara de Feitos Tributários de Belo Horizonte concedeu nesta quarta (13) uma liminar à GM para reaver 323 carros vendidos para o Estado de Minas Gerais, após licitação pública de 2017, que não foram pagos pelo governo.

Além dos veículos comprados da GM para uso do serviço público, no valor de cerca de R$ 24 milhões, o governo estadual adquiriu carros da Toyota e da Mercedes para serem usados como ambulâncias e carros de polícia.

O Estado recebeu os veículos, que passou a usar— e a mostrar na campanha para a reeleição do governador Fernando Pimentel (PT)—, mas sem pagar. 

Na liminar, o juiz determinou a rescisão do contrato e fixou o prazo de 15 dias para a devolução dos carros. 

Se a fabricante cobrasse o pagamento, a avaliação é que o Estado ficaria com os veículos, e o valor iria para a fila de precatórios, que ainda faz desembolsos de mais de dez anos atrás. A coluna não conseguiu ouvir a GM.

 

Frango reprodutor

A filial brasileira da multinacional Cobb-Vantress, especializada em genética de aves, vai aportar US$ 19 milhões (R$ 79 milhões no câmbio atual) em suas operações na América do Sul em 2019.

Cerca de 85% dos recursos serão destinados ao Brasil, onde a companhia deverá aumentar a capacidade de produção de suas granjas, em São José do Rio Preto (SP).

“Produzimos hoje 29 milhões de [aves] reprodutoras por ano. Até o fim de 2019, serão 33 milhões”, diz o diretor-executivo, Jairo Arenazio.

O investimento ocorre em meio a uma crise da avicultura brasileira. As exportações da carne, por exemplo, caíram 17% no primeiro semestre, em relação a 2017.

“Nossas vendas ficaram aquém dos objetivos até julho, mas o segundo semestre e 2019 deverão ser melhores. Boa parte da nossa estratégia está baseada em exportação.”

750
são os funcionários

 

Sem horário para chegar

O Tribunal de Justiça de São Paulo anulou nesta terça-feira (11) uma multa de R$ 602 mil aplicada à Adidas pelo Procon-SP.

A pena foi imposta em 2013 porque a empresa não teria estipulado data e hora da entrega de uma compra, conforme exige a lei estadual. A mercadoria custou R$ 271, foi encomendada pela internet e entregue pelos Correios.

“O prazo foi informado no ato da compra, o consumidor optou por essa modalidade e a estatal não permite agendamentos”, alegou o advogado da Adidas, Ricardo Marfori, em argumentação acatada pelo tribunal.

O Procon-SP diz que recorrerá da decisão e que o valor da multa baseou-se no Código de Defesa do Consumidor, “graduado de acordo com a gravidade da infração, a vantagem obtida pela empresa e sua condição econômica.”

 

Menos é mais

Cerca de 86% dos desempregados aceitariam um salário menor que o do seu último emprego, de acordo com a consultoria Robert Half.

“A tendência é priorizar a  carreira a longo prazo em detrimento do salário”, diz a gerente sênior Maria Sartori.

Foram entrevistados 1.161 profissionais com mais de 25 anos e formação superior.

O tempo de afastamento também é determinante na decisão, segundo Ricardo Basaglia, diretor executivo da Page Personnel. “À medida que a espera se prolonga, a pressão financeira aumenta”, afirma.

Nas contratações de executivos feitas pela consultoria Fesa, 8% deles aceitaram baixar seus salários em 30% ou mais. Em 2016, eram 2%.

“Antes da crise econômica, havia um quadro de inflação salarial. Essa diminuição pode ser vista como um movimento de ajuste”, diz o CEO Carlos Guilherme Nosé.

 

Road show A SP Negócios, agência de promoção de investimentos na capital, vai se reunir com 20 empresas no Canadá até sexta (14) para atrair aportes para a cidade.

Startup... A Viajala, plataforma de cotação de passagens aéreas e hospedagem, vai investir US$ 3,3 milhões (R$ 13,7 milhões) em sua operação no Brasil a partir de 2019.

...turística O valor deverá financiar o desenvolvimento de novas versões do site para celulares, a expansão da infraestrutura da marca no Brasil e a contratação de pessoas.

 

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi, Ivan Martínez-Vargas e Diana Lott

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