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Freixo e Orlando Silva pedem à PGR fim de sigilo de cem anos para visita de pastores a Bolsonaro

GSI se negou a fornecer a informação; deputados alegam que o sigilo é injustificado e ilegal

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Os deputados federais Orlando Silva (PCdoB) e Marcelo Freixo (PSB) ingressaram nesta quinta-feira (14) com uma representação na PGR (Procuradoria Geral da República) contra o sigilo de até cem anos estabelecido pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional) sobre visitas dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos ao Palácio do Planalto.

O GSI se negou a fornecer os registros de acesso de Moura e Santos, pivôs do escândalo do balcão de negócios do MEC, solicitados pelo jornal O Globo via Lei de Acesso à Informação. O órgão alegou que tem o dever de garantir a segurança, citando a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e um artigo da própria LAI para fundamentar a negativa.

O artigo 31 da lei, mencionado pelo GSI, prevê que as informações pessoais terão seu acesso restrito pelo prazo máximo de cem anos.

Quatro homens estão sentados, atrás deles há duas bandeiras
Bolsonaro recebe os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura no Palácio do Planalto, em evento no dia 18 de outubro de 2019 - Carolina Antunes/Divulgação/PR

Na manifestação endereçada ao procurador-geral da República, Augusto Aras, os parlamentares alegam que o sigilo é injustificado e ilegal. Eles argumentam que informações sobre o acesso dos pastores ao Planalto não dizem respeito à vida privada, mas sim a "indícios de corrupção no Ministério da Educação envolvendo os referidos senhores e o presidente".

Os deputados pedem que, uma vez apurada a irregularidade e suas responsabilidades, a informação seja divulgada.

Na quarta-feira (13), um internauta questionou o presidente Jair Bolsonaro (PL) no Twitter sobre os motivos do sigilo de cem anos para todos os assuntos espinhosos do mandato. Bolsonaro respondeu: "Em 100 anos saberá".

Em nota, o GSI, comandado pelo General Augusto Heleno, afirmou que não houve decreto de sigilo sobre o acesso dos pastores ao Planalto, mas sim uma negativa de informação ao repórter.

"O GSI ratifica o seu posicionamento de não difundir dados pessoais —de qualquer visitante— registrados em sua plataforma exclusiva e restrita à segurança para o controle de acesso", escreveu o órgão.

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