Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Mônica Bergamo

Carta em defesa da democracia interrompe coleta de assinaturas por início da campanha eleitoral

'O protagonismo passa a ser dos candidatos e de suas propostas', diz movimento em nota

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Os organizadores da "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito" vão interromper a possibilidade de novas adesões ao documento a partir da meia-noite desta segunda (15). O motivo, segundo eles, é o início oficial da campanha eleitoral nesta terça (16).

"O protagonismo passa a ser dos candidatos e de suas propostas", diz o movimento em nota. Os organizadores ressaltam o caráter suprapartidário da iniciativa. "O único objetivo da Carta foi defender o Estado de Direito, com o respeito às regras eleitorais e ao resultado das urnas", afirmam.

Público acompanha leitura dos manifestos pela democracia na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo
Público acompanha leitura dos manifestos pela democracia na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo - Marlene Bergamo -11.ago.2022/Folhapress

"Agradecemos a cada uma das subscritoras e subscritores. Todos terão o orgulho de ter participado deste grito em prol da democracia e certamente permanecerão alertas na defesa dos valores constitucionais. Em 2022, não há mais espaço para retrocessos autoritários. A sociedade permanecerá em vigília na defesa da democracia. Ditadura nunca mais!", segue o texto.

A carta foi concebida com expressões moderadas para atrair o maior número possível de signatários, evitando termos que soassem radicais, divisivos, pró-PT, anti-Bolsonaro ou de qualquer forma partidário.

Na última quinta (11), o documento foi lido em ato na Faculdade de Direito da USP, no centro de São Paulo. Na mesma data, a Carta atingiu a marca de 1 milhão de assinaturas, 16 dias após sua adesão ter sido aberta ao público por meio do site Estado de Direito Sempre!. Até as 19h desta segunda (15), o documento tinha 1,082 milhão de signatários.

Entre os que endossaram a carta estão banqueiros como Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles, do Itaú, ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) como Celso de Mello, Joaquim Barbosa e Nelson Jobim, empresários como Eduardo Mazzilli, da Votorantim, Pedro Passos, Guilherme Leal e Fabio Barbosa, da Natura, e Walter Schalka, da Suzano, e artistas e personalidades como Chico Buarque e Luciano Huck.

O texto não cita diretamente o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas critica com contundência "ataques infundados" ao sistema eleitoral e ao "Estado democrático de Direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira".

Embora não seja mencionado, o próprio presidente entendeu que o texto é endereçado a ele e passou a fazer críticas ferozes, dizendo que a "cartinha" foi assinada por pessoas sem caráter, caras de pau e até mesmo por empresários "mamíferos".

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.