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'É chocante', diz Luciana Gimenez sobre condição de cadeirantes em Nova York

Em recuperação após quebrar a perna, apresentadora afirma que ainda não consegue andar e cancelou compromissos para o Carnaval

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A apresentadora Luciana Gimenez já estava com tudo programado para o Carnaval. Participaria da folia em São Paulo, no Rio de Janeiro e, pela primeira vez, em Salvador. Mas tudo teve de ser cancelado após ela sofrer, no início do ano, um acidente esquiando em Aspen, nos Estados Unidos, e quebrar a perna.

Luciana Gimenez volta a apresentar seu programa na Rede TV! ainda em recuperação após ter quebrado a perna
Luciana Gimenez volta a apresentar seu programa na Rede TV! ainda em recuperação após ter quebrado a perna - @Lucianagimenez no Instagram

Agora, Luciana diz não querer nem ver os desfiles das escolas de samba pela TV. "Não vou assistir nem ferrando. Já pensei até em desativar meu Instagram de ódio para não ficar vendo todo mundo pulando e se divertindo", diz ela à coluna.

"A minha vontade era ir para a Escócia, mas não posso nem viajar. Não dá para ficar pegando avião", lamenta. "É muito sofrido, o Carnaval é a época que eu mais gosto. Até cogitei ir para Salvador, mas fiquei pensando: 'Imagina se alguém dá uma topada na minha perna?'", diz. "Não posso beber —não que eu beba muito. Mas não posso dançar, não posso nem ficar em pé, como faz?", indaga.

O prejuízo, diz ela, é financeiro também, já que Luciana, assim como outras celebridades, costumam receber para marcar presença em camarotes do Carnaval. "Já estava com hotel pago, passagem, equipe, roupa. Perdi dinheiro e trabalho", afirma.

O único compromisso de Carnaval que a apresentadora afirma ter mantido foi ser madrinha do bloco Gueri-Gueri, que acontece neste sábado (11), em São Paulo. "Eles me convidaram no ano passado, e foram tão queridos comigo. Vou de cadeira de rodas porque ainda não estou conseguindo andar, mas vou", diz.

Luciana se acidentou em Aspen no início de janeiro e teve de ser submetida a uma cirurgia de emergência em Nova York. Ela quebrou a perna em quatro lugares. A estimativa dos médicos é que a apresentadora esteja completamente recuperada em abril.

Atualmente, pouco mais de um mês depois do acidente, Luciana diz que ainda sente muita dor, mas menos do que nos primeiros dias. "Já começo a ver uma certa luz no final do túnel, mas não estou andando e perdi bastante músculo", afirma.

"Eu falo que estou em processo de recuperação, porque também não adianta ficar reclamando, mas não estou bem", completa. O mantra atual da apresentadora é ter paciência.

"A gente fica com raiva, com tristeza, frustrada, com inveja do povo se divertindo. Fica com medo, fica com ansiedade. Tudo o que você possa imaginar de emoções, eu já tive, mas eu eu tento observar essas emoções e esperar passar porque não tem outro jeito." A única coisa que pode fazer, afirma ela, é "se jogar na fisioterapia".

Luciana Gimenez em fotos feitas para o bloco Gueri-Gueri antes de se acidentar esquiando
Luciana Gimenez em fotos feitas para o bloco Gueri-Gueri antes de se acidentar esquiando - Marcio Del Nero/Divulgação

No período que ficou em Nova York após a cirurgia, Luciana diz ter se indignado com a falta de acessibilidade da cidade. "Eu fiquei chocada com a falta de condição que os cadeirantes enfrentam", afirma.

"Se eu tivesse que sair da minha casa de cadeira de rodas para ir numa farmácia, eu não conseguiria sozinha. As ruas são todas esburacadas, a porta do lugar não é automática. Como você segura a cadeira de rodas e abre a porta?", questiona.

Luciana também reclama dos lugares que afirmam ser acessíveis, mas têm estrutura deficitária. "Você vai num restaurante, a pessoa vem com uma rampa lá de dentro, joga em cima do degrau e fica todo o mundo te olhando. Foi uma experiência chocante", conclui. A apresentadora voltou ao Brasil no início de fevereiro, mas afirma não ter saído muito de casa e, por isso, não sabe avaliar como é a acessibilidade no país.


ETERNA FANTASIA

Musa do bloco carnavalesco Acadêmicos do Baixo Augusta, a atriz e bailarina Márcia Araújo Dailyn se prepara para homenagear o cantor Ney Matogrosso durante o cortejo do bloco no próximo domingo (12), na rua da Consolação, em São Paulo.

Sua fantasia, ainda inédita, será assinada pelo estilista Walério Araújo e trará referências de figurinos usados pelo ex-integrante do grupo Secos e Molhados.

"Ney, para mim, é um artista completo. Quando está no palco, trabalhando, ele empresta a alma e o corpo. Você vê no gesto e na voz o quanto é satisfatório para ele. E eu, como atriz, artista e bailarina, também sou um pouco Ney", afirma ela, que foi a primeira bailarina transexual do Theatro Municipal de São Paulo

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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