Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Economia dos EUA entra em 'colapso', mas gigantes divulgam nova 'surpresa'

PIB americano enfrenta 'declínio', diz NYT, mas Amazon, Facebook, Apple e Google 'prosperam na pandemia', diz WSJ

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Nas manchetes de Wall Street Journal e Washington Post ao longo da quinta, a “contração histórica” e “recorde da economia dos EUA”, que veio junto com dados sobre “reveses no mercado de trabalho”. Sem “estímulo grande”, alertou o WP, “dano pode ser permanente”.

O New York Times inicialmente deu mais atenção ao ruído de Donald Trump, que falou agora em adiar a eleição, e só entrou com a manchete depois: “Números revelam declínio da economia americana”. Mais tarde, trocou por "colapso devastador".

Foi manchete pelo mundo, dos alemães Handesblatt e Frankfurter Allgemeine, tanto pela “queda histórica” como pelo “pânico” que ela causou em Trump, ao chinês Huanqiu/Global Times —este ressaltando que uma “vacina é a única esperança de recuperação” econômica nos EUA.

No final do dia, os gigantes de tecnologia Amazon, Facebook, Apple e Google divulgaram “ganhos fortes” no segundo trimestre, no dizer do WSJ. “Surpreendemente fortes”, destacou o NYT, referindo-se ao resto da economia americana.

‘BARÕES LADRÕES’

No alto da home page do WP, manhã e tarde, "Como os CEOs se saíram no Congresso? Busque 'barões ladrões' no Google" (acima). O texto do colunista Dana Milbank, que listou as acusações contra Jeff Bezos, da Amazon, ironizou:

"Bezos, que também é dono do Post, lidou com todos com graça e tranqüilidade. Além disso, estava bonito, charmoso e bem vestido."

UM MARCO

Do NYT ao Straits Times, de Singapura, passando pelo chinês Caixin, “Huawei supera Samsung, um marco”, título do jornal americano.

A agência Associated Press ouviu de um analista da Canalys, empresa que levantou os dados globais sobre venda de smartphones, que a gigante chinesa “aproveitou a recuperação da China”. E que a sul-coreana Samsung, “que tem participação pequena na China”, caiu naqueles mercados mais afetados pelo vírus, como “EUA, Brasil e Índia”.

Xi Jinping discursa em 28 de julho de 2020, por vídeo, na abertura da reunião anual do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB), alternativa ao Banco Mundial, em Pequim - Ju Peng/Xinhua

TURBULÊNCIA

Em destaque no South China Morning Post, “Xi Jinping se prepara para turbulência, conforme relações com EUA se deterioram”.

O presidente chinês, após a reunião semestral do comitê executivo do PC na quinta, afirmou que “controlar o surto de coronavírus mostrou a eficácia do sistema de governo do país”. Apesar dos “desafios externos”, a China ainda estaria vivendo um “período estratégico de oportunidades”.

O jornal do Alibaba ouviu do economista Zhang Ming, da Academia Chinesa de Ciências Sociais, que a reunião confirmou que os líderes do país “não estão otimistas”. Ele avalia que:

“Nas atuais circunstâncias, a China precisa acelerar a formação de uma dinâmica de crescimento impulsionada pela demanda interna.”

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