Turbulência Em um dos setores mais afetados pelo coronavírus e pela alta do dólar, a Azul fez ajustes de malha para se adequar à queda na demanda e aprofundou a limpeza, deixando avião em solo para desinfetar quando identifica passageiro suspeito. Porém, seu fundador, David Neeleman, que também tem sociedade em aéreas dos EUA e da Europa, diz que a situação da brasileira é menos preocupante porque, além do clima quente, a malha doméstica sofre menos pelo pânico.
Desembarque Para reagir à queda na demanda provocada pela disparada do dólar, a Azul vai suspender os voos de Campinas para Porto na baixa temporada, entre setembro deste ano e março de 2021. O trecho de Campinas a Fort Lauderdale, que hoje tem dez voos semanais, passará para sete, mas ainda sem data definida, talvez a partir de agosto.
Piloto No Brasil para participar da reunião do conselho de administração da Azul, do qual é presidente, e da divulgação de resultados financeiros, nesta quinta (12), Neeleman calcula ter feito dez viagens nas últimas semanas sem preocupação em contrair o coronavírus. “Tenho 60 anos. Vim para o Brasil, vou a Nova York e Portugal. É seguro.”
Câmbio A queda no petróleo costuma ser boa notícia para o setor de aviação. Mas o presidente da Azul, John Rodgerson, afirma que prefere ver o preço do combustível mais alto e o dólar mais baixo.
Janela Neeleman ressalva que, se no coronavírus o Brasil está em melhor situação do que outros países afetados, na economia, ainda precisa buscar crescimento mais robusto. “Faz tempo que estamos com crescimento do PIB em torno de 1%”, diz ele.
No ar Sobre os rumores que têm sido divulgados na imprensa portuguesa de que Neeleman estudava vender sua fatia na TAP, o empresário nega. Diz que quer ajudar a fortalecer a empresa por muitas décadas e que se alguém quiser entrar para ajudar, ele não vai impedir. Mas, por ora, não há nada em negociação.
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